Opinião: Pré-candidatos a vereador distorcem BRT e brigam para manter a falida linha 212 só por voto

O fim da linha 212, que liga o Terminal Itajaí ao Centro de Campinas, é algo certo e que vem para melhorar o transporte na região do Campo Grande.

Os carros que hoje são usados na linha serão transferidos para as novas linhas do BRT, que partindo do Terminal Campo Grande serão 3: uma paradora, que já está em operação, uma expressa, indo apenas de um terminal a outro, e outra semiparadora, parando apenas em algumas estações.

Pela primeira vez, apesar de todos os atrasos propositais da Emdec, a região do Campo Grande vai ter um serviço de transporte público de alto padrão.

Mas, como de praxe, há algumas pessoas com interesses pessoais que já estão distorcendo toda a história do fim da linha 212 para conseguir uns votos para a eleição do ano que vem.

Com a proximidade das eleições para prefeito e vereador, “lideranças” de bairro estão começando a aparecer em tudo que é lugar, e distorcendo fatos para acharem que têm razão.

Já foi dito também que com o fim da linha 212 será implantada uma nova linha, saindo do Terminal BRT Mercado, para dar a volta no Corredor Central, ou seja, ninguém vai ficar desatendido.

A lógica da integração, ou seja, trocar de ônibus nos terminais, faz todo o sentido em cidades grandes desde que a operação seja boa e ágil, que é o que está previsto com o BRT.

Hoje, a linha 212 é extremamente problemática, com vários coletivos passando juntos e um buraco enorme nos horários ficando para trás.

É comum ficar mais de meia hora esperando um carro da 212 em plena hora de pico, pois os coletivos ficam todos parados em congestionamentos.

Isso não acontecerá no BRT, que terá a faixa exclusiva toda para ele, além das estações físicas de parada, ou seja, vai acabar a bagunça de descer em qualquer lugar e em qualquer hora.

O BRT tem um sistema de monitoramento com horário fixo, ou seja, é possível saber o horário correto da partida dele, ao contrário da 212 que só circula atrasada.

Mesmo que uma pessoa tenha que sair do Itajaí, descer no Campo Grande, pegar o BRT e depois descer no Mercado para pegar o Circular Corredor Central, a viagem será muito mais rápida que a do 212.

O que as pseudo-lideranças de bairro precisam explicar são os benefícios do novo sistema de transporte, e não ficar pedindo manutenção de linhas velhas e ultrapassadas que só atrapalham.

Mas em Campinas é assim: tudo em nome do poder e do voto.

José Gaveta – Da Redação ODC.
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