Durante os anos 80 e início dos anos 90, a instabilidade econômica era constante na vida do brasileiro. Fruto de anos de irresponsabilidade fiscal, este cenário teve seu ápice na segunda metade da década de 80.
Nos últimos anos da década de 80, o brasileiro conviveu com a hiperinflação. Em março de 1989, por exemplo, a inflação chegou a mais de 80%, ou seja, o descontrole sobre este medidor econômico chegou ao ponto de que não era mais necessário medir o índice.
Isto influenciava diretamente no poder de consumo da maior parte da população, sendo afetada inclusive na variação de preço de itens básicos de alimentação.
Uma das políticas implementadas por alguns governos desse período foi a indexação, ou seja, a fixação financeira de preço de alguns produtos. Na época foi uma medida de emergência visando controlar o descontrole da inflação.
Contudo, a política nunca surtiu o efeito desejado.
Foi neste contexto que apareceu Fernando Collor de Mello, o governador de Alagoas se tornou o primeiro presidente do Brasil após o término da ditadura militar.
Na corrida pelo pleito, o candidato focou sua campanha em se apresentar como um político moderno.
Em março de 1990, foi implementado o Plano Collor. O Plano era formado por uma série de políticas econômicas de cunho liberal, sendo que entre as propostas estavam: privatização das estatais, mudança de moeda para o cruzeiro, abertura do mercado externo, fim de subsídios estatais, entre outras.
Contudo, a retenção da poupança de quem possuía mais de 50 mil cruzeiros (R$ 6 mil) foi a que gerou maior debate. Principalmente após o governo não cumprir com a promessa de liberar tal valor após 18 meses.
Este foi um fator preponderante para o impeachment de Collor, que foi retirado do cargo em dezembro de 1992.
Itamar Franco, vice-presidente, assumiu em um cenário no qual a inflação anual ultrapassava 2000%.
Foi em seu governo que o Plano Real começou a ganhar corpo. Na época uma equipe liderada pelo então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, iniciou o projeto para estabilizar a economia nacional.
FHC foi eleito presidente em 1994, antes da moeda se tornar a oficial do Brasil, foi criado o URV: Unidade Real de Valor, ou seja, um padrão monetário que serviu para que a introdução oficial do Real causasse menos impactos negativos, sendo uma espécie de “estágio” para aquele novo momento econômico.
A moeda serviu diretamente para recuperação da economia nacional, contudo o novo modelo econômico por trás do Real também contribuiu diretamente para o fim da hiperinflação e a volta do crescimento do PIB nacional.
Tanto que medidas como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o estabelecimento de metas de inflação pelo Banco Central são políticas que estavam neste pacote, e que surtem efeito direto no modelo de gestão econômica atual.
As informações são de responsabilidade da Dino.
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