A morte de Eduardo Girotto, 52 anos, na Lagoa do Taquaral foi causada, de fato, pelo poste energizado.
Ela que teria causado uma carga superior conduzida por fios elétricos até o corpo da vítima.
Testemunhas contaram que Eduardo foi pegar uma bola quando encostou no poste para se apoiar.
Nisso, recebeu o choque e ficou “grudado”.
Outras pessoas até tentaram tirá-lo, mas também levaram choques de menor voltagem.
A energia elétrica foi desligada, e aí começou o primeiro trabalho para tentar salvar o homem.
Infelizmente isso não foi possível.
O corpo de Eduardo será enterrado no começo da tarde desta terça-feira (23) em Campinas.
O quê diz um médico
O médico especialista em arritmias cardíacas do Vera Cruz Hospital Fernando Mello Porto explica que o choque é uma corrente alternada de energia que passa pelo corpo, dependendo da voltagem da rede.
“Um choque a partir de 110v, por exemplo, dependendo do tempo e da vulnerabilidade do batimento cardíaco, pode causar um ‘susto’, uma queimadura ou uma parada cardíaca”, explica.
Ainda não se sabe a voltagem do choque que atingiu Eduardo, mas a causa da morte foi uma parada cardíaca.
“A parada cardíaca pode acontecer até mesmo em pessoas que não tem nenhum histórico de problemas no coração. O choque pode causar isso”, completa.
O médico também lembra que, a cada dois dias, uma pessoa morre no país eletrocutada, e considera que é um problema sério que precisa ser levado em conta.
Mello Porto também orienta o que deve ser feito em caso de choque elétrico.
“A primeira coisa é desligar a rede de energia elétrica. Se isso não tiver como ser feito, é possível tirar tirar a pessoa do objeto que está entrando em choque com um pano grosso, um pedaço de pau ou algum objeto de borracha na ponta, que são isolantes. Aí, imediatamente, as manobras de massagem cardíaca devem ser iniciadas até chegar uma equipe de socorro”, afirma.