Os pré-candidatos a prefeito e vereadores em Campinas já começaram a colocar as “manguinhas” de fora e mostrar as pautas que deverão defender nas campanhas deste ano, por mais esdrúxulas que sejam.
Já há gente dizendo que uma porcentagem do orçamento da prefeitura é suficiente para bancar todas as passagens da cidade. Só se esquece que pelo menos 50% de todo o orçamento do município é apenas para pagar os salários dos servidores públicos.
Outra distorção é mostrar os exemplos de outras cidades. O caso de São Caetano do Sul é o mais absurdo. A cidade da Grande São Paulo é 10 vezes menor que Campinas e tem um transporte com menos de 70 ônibus.
Também ninguém falou, e nem vai falar, que os intervalos nas cidades onde há a tarifa zero costumam ser altos. Se o campineiro reclama de ficar 10 minutos no ponto esperando um ônibus, imagina se ele tiver que esperar uma hora só pra não pagar passagem.
Nem em cidades de países desenvolvidos há tarifa zero, isso porque por lá a maioria das empresas de ônibus são estatais e são fortemente subsidiadas, mas mesmo assim ainda há a cobrança de tarifa.
O que seria possível e viável é reduzir o valor da tarifa com um subsídio maior, mas ninguém vai discutir isso. Vão entregar algo impossível de acontecer, como algo próvavel. Fiquem de olho.
Da Redação ODC.
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