A prefeitura de Campinas, em conjunto com a Emdec, oficializaram mais um ano de transporte ruim na cidade. Nesta quarta-feira será publicada a minuta do edital do transporte público.
De acordo com o cronograma divulgado pela prefeitura na manhã desta última segunda-feira, dia 31 de março, a minuta do edital ficará disponível durante 92 dias. Nesse período a população poderá enviar propostas para melhorias.
Depois disso, será publicado o edital definitivo, com as alterações possíveis de acordo com as propostas da população, e aí ficará mais 45 dias no ar para que as empresas interessadas baixem o conteúdo e enviem suas propostas.
Só nessa enrolação são 137 dias, ou seja, sem qualquer intercorrência, apenas na publicação dos editais são 4 meses e meio. Considerando que estamos em abril, ao menos até a metade de agosto absolutamente nada mudará.
Acerca da reunião do prefeito Dário Saadi sobre o transporte, o que está sendo chamado pela população de “cafezinho com os empresários”, também nada mudará de forma efetiva.
Alguns poucos ônibus novos e seminovos irão chegar nas próximas semanas na cidade, mas é como uma gota no oceano. A quantidade é irrisória e não fará qualquer diferença na operação do transporte em Campinas.
A ideia da prefeitura é apenas “atender aos anseios da imprensa” e ponto final. Não fez exigências e colocou toda a conta na licitação, que irá se arrastar como uma lesma manca.
No texto publicado pela prefeitura, como sempre, menciona apenas o processo licitatório de 2023 para frente, ignorando totalmente a enrolação proposital do governo anterior, algo que vem desde 2018 com o ex-presidente da Emdec e hoje secretário em outra pasta.
Com esse cronograma, fica confirmada mudança zero no transporte em Campinas para este ano. Se tiver alguma coisa, será apenas no ano que vem. Além de desses 137 dias, tem o processo de análise de documentação dos interessados, ou seja, mais um tempo para frente.
Na quarta-feira, quando a minuta do edital for publicada, todo o cronograma estará disponível, para o desespero da população de Campinas, alvo de uma administração omissa com os mais pobres.
Da Redação ODC.
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