A prefeitura de Campinas divulgou na semana passada uma nova contagem da população em situação de rua neste ano de 2024. O levantamento foi feito em parceria com a Fundação Feac no mês de abril.
A pesquisa revelou, entre outros dados, que 81,1% (1.261) são homens, 18% (280) são mulheres e 0,8% (16) não se identificaram com nenhum gênero. A maioria, 37,3%, está na faixa de 25 a 36 anos, seguidos pelos de 37 a 48 anos (35,6%), 18% estão entre 49 e 60 anos, 5% entre 18 e 24 anos e 3,6% têm mais de 60 anos. O censo revelou também que 38,8% se declararam pardos, 29,4% brancos, 29% pretos e 1,9% não se identificaram com nenhuma etnia, 0,4% amarela e 0,2% indígenas.
A metodologia das duas contagens são diferentes, por isso pode haver diferença entre os números municipais e os números federais.
Enquanto a pesquisa municipal baseia-se em uma abordagem direta, com equipes realizando trabalho de campo em quatro dias, interagindo pessoalmente com a população em situação de rua por meio de questionários de múltipla escolha, a abordagem federal se distingue por ser autodeclaratória e cumulativa, contabilizando indivíduos que, embora registrados no Cadastro Único em Campinas, podem não residir mais no município devido à natureza migratória desse grupo. Essa diferença se explica pela permanência dos registros no sistema federal até a renovação, o que ocorre a cada dois anos, não acompanhando assim as mudanças dinâmicas na população em situação de rua.
A prefeitura começou em 6 de maio a Operação Retorno, com o objetivo de responsabilizar as prefeituras que trazem para Campinas pessoas de forma injustificada.
No dia do lançamento da Operação Retorno, a Prefeitura apontou situações de envio indevido de pessoas em situação de rua envolvendo as prefeituras de Bauru, Bragança Paulista, Hortolândia, Jaguariúna, Limeira, Poços de Caldas, Serra Negra e Valinhos. Além das oito já citadas, a GM encontrou novas situações envolvendo as prefeituras de Itapetininga, Araraquara, Presidente Prudente, Assis, Avaré e Ourinhos. Com isso, chegam a 14 o número de cidades envolvidas nesse tipo de atividade. Todos os relatos já foram remetidos ao Ministério Público para avaliação caso a caso.
Da Redação ODC.
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