Dia 13 de agosto ficou marcada como a data do lançamento da associação “Mais Campinas” de governança colaborativa, que irá trabalhar em parceria com o poder público em projetos de médio e longo prazos para a cidade. O evento de lançamento foi realizado no Royal Palm Hall e contou com a presença de cerca de 120 convidados, entre autoridades políticas, empresários e representantes de associações.
A associação “Mais Campinas” é uma entidade apartidária e sem fins lucrativos que visa promover o desenvolvimento econômico e social de Campinas, e que busca soluções em diferentes áreas, estabelecendo metas e estratégias para o futuro da cidade.
O modelo já foi adotado em cerca de 35 municípios, como Maringá (PR), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG), e já conquistou grandes resultados com projetos estruturantes que tem continuidade independentemente de situações políticas local.
Marcia Santin, consultora em governança colaborativa da Firefly Consulting, empresa especializada em governança colaborativa contratada para auxiliar na implantação do programa em Campinas, explica que há grandes projetos já concluídos em várias cidades onde a governança colaborativa foi protagonista no processo. “Temos bons exemplos como a internacionalização do aeroporto de Maringá, no Paraná, e a criação do Centro de Inovação da cidade. Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, a iniciativa criou projetos de infraestrutura regional da Serra Gaúcha, incluindo ferrovia, porto, aeroporto e rodovias, com potencial para impulsionar o turismo, a economia local e a geração de empregos”, elenca a consultora.
A associação “Mais Campinas” terá uma estrutura operacional e jurídica composta pelo plenário, com membros de entidades da sociedade civil e do poder público, conselho consultivo, que irá assessorar nos assuntos estratégicos. Conta também com um conselho fiscal, diretoria executiva e as câmaras técnicas, formadas por representantes de instituições de cada temática, como educação e saúde. A composição de todas as funções deve ser definida até o final desse ano e o início dos trabalhos a partir do primeiro trimestre de 2026.
Além das 17 entidades que fazem parte do grupo, mais de 30 instituições de diferentes áreas, como PUC-Campinas, São Leopoldo Mandic, Parque Dom Pedro Shopping e Senac, já aderiram ao projeto como apoiadores e devem atuar como parceiros nas câmaras temáticas. “Estamos conversando com várias entidades de classe, instituições de ensino e grupos empresariais, e estamos certos de que o projeto terá mais adesões até o final desse ano, se tornando maior e ainda mais forte”, afirma Sanae Saito, presidente do Sindivarejista Campinas.
Kelma Camargo, presidente do Secovi, reforça a importância de dar continuidade em projetos importantes para a cidade mesmo após trocas de governo a cada eleição. “A cidade precisa prosperar independentemente de quem está à frente da prefeitura e de posições políticas. Com esse modelo de governança blindamos os bons projetos de longo prazo de descontinuidade por questões políticas”, salienta.
O grupo vai atuar como um fórum de discussão e elaboração de propostas, envolvendo diversos setores da sociedade, como empresários, líderes comunitários, acadêmicos e representantes do governo, buscando o engajamento da comunidade na construção de um futuro mais próspero e sustentável. “Uma cidade melhor não será construída automaticamente, é preciso pensar e planejar a longo prazo, e somente com a união das lideranças será possível fazer o levantamento das potencialidades, dos desafios ou obstáculos e dos projetos de futuro”, conclui Junior Cabrino, presidente da AELO.