Assim como já previsto por esta coluna, a campanha eleitoral em Campinas iria ser de baixo nível. E mesmo com os alertas históricos parecem não terem sido absorvidos pelas equipes que assessoram os candidatos a prefeito.
Todos os espaços do PT e seu candidato Pedro Tourinho foram ocupados com os ataques a Dário Saadi por conta da notícia de cassação da chapa do atual mandatário da prefeitura. Isso mesmo, todos os espaços, repetidamente, foram ocupados apenas com isso. Ou seja, era tudo o que o PT queria: um fato para ficar repetindo que nem papagaio e ocultar a falta de proposta para a cidade.
Historicamente, quem ataca perde feio nas urnas, e parece que o PT não aprendeu absolutamente nada com os ataques que a chapa Pochmann-Flosi fizeram contra Jonas Donizette. Ali havia chance, mas o nível baixou e a população levantou a guarda.
Rafa Zimbaldi apareceu apenas uma vez, e propôs algo “incrível”: a revitalização do Centro, com fornecimento de passagens de retorno para pessoas em situação de rua voltarem para suas cidades de origem. O que Rafa não deve saber é que isso já existe e já é feito no atual governo.
Já Dário parece viver na ilha da fantasia. Além de tentar se defender das notícias sobre a cassação de sua chapa, está fazendo promessas já para o ano de 2027, indicando que seu eventual segundo governo vai ser tão letárgico quanto o primeiro.
Dário disse que ATÉ 2027 Campinas terá MÍSERAS QUATRO ESTAÇÕES do BRT na Rótula, e os terminais Campo Belo e Amarais. Essas obras são de médio porte e podem ser concluídas tranquilamente em menos de um ano, porém Dário já está jogando para o final do seu mandato.
Isso formaliza a manutenção de péssimos secretários que atrasam obras de propósito para tentar aparentar que o atual mandato é “trabalhável”. É só ver o vexame do BRT e do Mercado Municipal, extremamente atrasados e ainda não concluídos.
Os vereadores então, nem vale a pena comentar. É um pior que o outro, sem qualquer proposta e com uma arrogância absurda. Se os candidatos já são arrogantes na tela, imagine ao vivo.
Pobre Campinas, terá mais quatro anos de penúria pela frente.
Por Gilberto Beaumont
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