Quase metade de novembro, e edital do transporte de Campinas ainda nem foi publicado; Enrolação continua

Mais uma vez com um atraso absurdo e inadmissível, a licitação do transporte coletivo em Campinas continua incerta. Inicialmente o edital estava previsto para ser publicado em no máximo 90 dias depois do fechamento do recebimento de propostas da população.

Passado esse prazo, a prefeitura começou a trabalhar com uma nova data, desta vez em outubro, sem especificar um dia. O vice-prefeito da cidade, Wanderley de Almeida, disse em um vídeo que no máximo, até o dia 31 de outubro o edital iria ser publicado.

Já estamos no dia 13 de novembro, ou seja, praticamente no meio do mês seguinte, e até agora nada. Ninguém mais toca no assunto e a situação só piora.

A impressão que fica para a população que usa e precisa do transporte público diariamente é de que a Emdec não está nem aí para o sistema, e que faz as coisas quando quer e quando der.

São oito anos de enrolação, que começaram no governo Jonas Donizette quando o presidente da Emdec era Carlos José Barreiro, o mesmo responsável pelo atraso nas obras do BRT.

Mudou o governo, e nada mudou no transporte, muito pelo contrário. O sistema tem piorado a cada dia, com veículos vencidos, atrasos constantes e um BRT que mal funciona.

O pior é que em caso de solicitação de novo prazo para a prefeitura, a resposta será a mesma: “até o final do mês sai”. Cada vez que vira o mês, a prefeitura “ganha” 30 dias para enrolar a população, pois ela se acha no direito de ter até o final do mês para dizer que vai sair algo.

Para piorar todo o cenário, o atual presidente da Emdec, Vinicius Riverete, levou a licitação para São Paulo, ou seja, no dia da abertura dos envelopes, se a população quiser acompanhar, terá que ir até a sede da Bolsa de Valores para assistir.

Essa foi mais uma clara manobra para afastar a população do processo, contrariando o que Riverete tem dito em entrevistas. Diz ele que é para dar mais “clareza e credibilidade” ao processo, praticamente chamando a Emdec de incompetente para fazer isso.

Se a Emdec realmente fosse competente para isso, não seria necessário ficar contratando um monte de empresa aleatória para ficar dando pitaco errado no processo. Já veio a FIPE e fez uns cálculos completamente esdrúxulos e inviáveis, e agora colocou a Bolsa de Valores no meio.

E o custo disso? R$ 180 mil, que saem do bolso do povo para encher de uma empresa que não tem nenhum know-how no setor. O pior é que ninguém pede esclarecimento disso, ninguém investiga, e fica tudo por isso mesmo.

O dia em que o pessoal da Emdec, inclusive o sr. presidente, tiverem que andar de ônibus diariamente, pode ter certeza que isso muda. Enquanto isso, a população sofre.

Da Redação ODC.
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