O atendimento de agências bancárias, não só em Campinas mas em todo o Brasil, ainda é motivo de muitas discussões. Com o passar do tempo e o advento da tecnologia, as agências têm ficado cada vez mais enxutas, com estruturas minimalistas e menos funcionários. A redução no número de caixas é visível em todos os bancos já que eles mesmos orientam a fazermos as transações via caixas eletrônicos e internet. O problema é que o número de caixas eletrônicos também está cada vez menor, contrastando com a ampliação da rede da TecBan (Tecnologia Bancária), mais conhecida como Banco24Horas. O problema é que esses caixas não recebem depósitos, pagamento de contas e outras transações, fazendo com que tenhamos que ir mesmo em caixas instalados nas agências, ou na boca do caixa.
No Banco Itaú isso não é diferente e desde que assumiram as operações do Unibanco, o número de agências somadas vêm diminuindo cada vez mais. Uma das sobreviventes é aquela da Avenida Senador Saraiva, que era Unibanco. Geralmente visito aquela unidade para fazer transações na boca do caixa já que costuma ser mais vazia em determinados dias do mês, mas dei azar esses tempos atrás. Ao entrar, a agência já estava cheia e com 12 senhas comuns na frente. Digo as comuns pois já excluo as preferenciais e as dos clientes Uniclass, que não é o meu caso.
A transação que eu fui fazer na boca do caixa era possível ser feita em um caixa eletrônico, mas já já explico o motivo pelo qual entrei na fila. E ali fiquei sentado esperando o atendimento enquanto lia uma placa lateral que dizia que o tempo máximo de atendimento, de acordo com uma lei municipal da cidade, era de 30 minutos. Naquele dia estavam trabalhando cinco caixas, sendo que dois atendiam exclusivamente senhas preferenciais, já que o número era bastante grande, e os demais as senhas comuns e de Uniclass. Você repara que a fila preferencial está absurdamente grande quando idosos começam a pegar a senha do Uniclass, que é mais rápida. Em determinados momentos alguns caixas simplesmente paravam de atender, ficando apenas quatro ou até três. Com aquelas placas enormes de vidro não dá pra ver como está sendo feito o atendimento, mas pelo número de senhas que um mesmo caixa chama, é bem possível fazer uma analogia.
Quando chegou aos 25 minutos em que eu estava esperando para ser atendido, uma mulher veio para a “linha de frente” e começou a tirar da fila todas as pessoas que tinham transações que eram possíveis serem feitas no caixa, e ainda com uma mentira: “depósitos no caixa eletrônico estão sendo feitos em 10 minutos”. O Itaú é um dos bancos que mais demora para creditar depósitos feitos em caixas eletrônicos. Na grande maioria das agências do Itaú, o depósito em caixa eletrônico pode levar até 24 horas para ser compensado. Quase todas as agências fazem a coleta e a conferência dos envelopes apenas entre 17h e 18h. Se você faz depois desse horário, só no dia seguinte. E se o depósito é urgente e depende de crédito imediato? Só na boca do caixa, não tem jeito. Será que aumentar o número de caixas não seria o suficiente para atender as pessoas dentro do tempo máximo estipulado por lei? Até porque quase todos os clientes já pagam taxas mensais bem salgadas para a manutenção de suas contas.
Enfim, permaneci na fila e fui atendido 35 minutos depois de pegar a senha. Não fiquei nem um minuto no caixa, foi tudo muito rápido. Infelizmente algumas transações ainda dependem de trabalho manual no caixa físico e os bancos poderiam muito bem melhorar isso, principalmente com os lucros exorbitantes que todos registram anualmente.
Da Redação ODC.
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