No dia em que publicamos o review sobre o drive-thru do Enxuto Supermercados, dois recados pediram para que fizéssemos um teste no sistema de QRCode do transporte público de Campinas. Há algum tempo já estávamos programando esse teste mas nesta semana resolvemos colocar em prática.
Bom, ao finalizar a operação o funcionário da Transurc ofereceu ajuda para operação, mas informamos que já sabíamos como funcionava. Dali fomos para o ponto da linha 2.40, no mesmo terminal. O carro da linha já estava encostado, e subimos por último para poder fazer a operação com mais calma. Ao passar o QRCode pelo leitor, a catraca foi imediatamente liberada. Não houve nenhum problema para a operação e o crédito funcionou corretamente. Mas para continuar testando, guardamos esse QRCode usado e continuamos nossa viagem.
Após um tempo no Parque D. Pedro Shopping, resolvemos voltar para o Centro da cidade em um outro carro da mesma 2.40. Passamos o QRCode usado na ida e a máquina não teve nenhuma reação. Não deu nenhuma informação no visor, não liberou a catraca, não fez absolutamente nada. Com isso, deduzimos que isso aconteceu pois o bilhete já tinha sido usado, e liberamos a catraca com um cartão do Bilhete Único, já que ainda íamos pegar mais um ônibus e ali testar o segundo QRCode.
Chegamos no Terminal Mercado e ali pegamos um carro da linha 2.71. Entramos no veículo e tivemos problemas na utilização do segundo QRCode. A máquina não fazia a leitura do bilhete de jeito nenhum. Foi aí que vimos que o feixe de luz emitido pela máquina leitora estava desregulado, ou seja, fora da base onde deveria estar, por isso foi necessário fazer uma “passagem maior” do bilhete, fora do campo correto, para ver se a luz fazia a leitura, e fez. A catraca foi liberada sem problemas. Mas e aquele bilhete que já tínhamos usado? Após passar a catraca, usamos o primeiro bilhete e a catraca foi liberada novamente. Como já tínhamos passado, apenas giramos a catraca e passamos novamente o segundo QRCode, que tínhamos passado pela primeira vez nesse carro, e a máquina deu a informação NÃO AUTORIZADO.
De acordo com as informações já passadas várias vezes, os QRCodes custam R$ 4,70, ou seja, a tarifa cheia, e valem para apenas uma viagem. Entramos em contato com a Transurc, que é a responsável pela bilhetagem eletrônica em Campinas, e fomos orientados a informar o número do bilhete para posterior verificação. Até o fechamento desta matéria, não tivemos resposta, mas fomos atrás de uma pessoa que é especializada nesse sistema e nos esclareceu o que aconteceu. Quando o QRCode é mostrado à máquina, o sistema tem que dar “baixa” no bilhete, o que é feito através da rede móvel de telefonia celular. Quando o sistema falha e não dá baixa, por algum motivo, o sistema não reconhece que o bilhete foi usado e por isso se for usado novamente, a catraca será liberada até que seja dada a baixa no sistema. Mas oficialmente, o QRCode não dá direito à integração e vale apenas para a primeira passagem. Se liberar a catraca pela segunda vez, é erro do sistema. Por garantia, não tente reutilizar o QRCode, pois há um número de identificação no bilhete, pois na segunda tentativa a máquina pode dar “NÃO AUTORIZADO” e será necessário a compra de outro bilhete.
Quanto às reclamações sobre a leitura do bilhete na máquina validadora, o que identificamos é que há uma má regulagem do feixe de luz que sai para a leitura. Pela lógica, quando o bilhete é colocado do lado correto naquela pecinha amarela que fica logo abaixo da máquina, ali deveria estar a luz avermelhada que vai fazer a leitura, mas não é isso que acontece em todos os ônibus. Em um dos ônibus que usamos, o feixe de luz estava totalmente desregulado. Uma solução paliativa para isso é manter o QRCode na mesma altura da pecinha amarela e ir afastando o bilhete até achar o feixe de luz que vai ler. Se colocar o bilhete quase grudado com a máquina, a leitura não será feita. É o mesmo sistema que usamos nos supermercados. Se ficar esfregando o código de barras em algumas máquinas, ela não lerá nada, sendo necessário afastar o produto um pouco para que as luzes façam a leitura.
TRANSURC SMART
Também testamos o aplicativo Transurc Smart, onde é possível comprar o QRCode online e aproximando o celular na máquina leitora, a catraca é liberada. Mas só tentamos, pois não foi possível fazer o teste. Procuramos fazer toda a operação em rede móvel 3G e 4G (fora de wi-fi), já que se a pessoa está na rua, deduzimos que o sistema tem que funcionar perfeitamente. Baixamos o aplicativo na loja do celular, fizemos o cadastro e ao finalizar, é necessário inserir um código enviado por SMS. Para começar, o aplicativo apresentou erro e não aceitava o código. O sistema funcionou apenas após a terceira solicitação do código.
Depois tentamos comprar créditos, mas não foi possível. Cadastramos um cartão Visa (já que aceita apenas cartões de crédito Visa e Mastercard) e o sistema deu erro sempre que tentamos carregar a carteira (para comprar é necessário comprar créditos a partir de R$ 10,00 para carregar a carteira virtual e depois comprar a quantidade de QRCodes que desejar, a R$ 4,70 cada um). Tentamos por sete vezes e o sistema deu erro em todas.
Pensando ser um problema do cartão, cadastramos um Mastercard, mas o problema continuou. Dá erro durante o processamento da compra do crédito. O aplicativo foi desenvolvido pela Prodata Mobility, a mesma empresa que fabrica as máquinas leitoras de cartão dos ônibus.
Depois tentamos fazer a compra com os dois cartões em uma rede wi-fi, porém o problema persistiu e desistimos. Entramos em contato com a Transurc para verificar se há algum problema na aplicação, mas até o fechamento também não recebemos resposta.
MAIS PONTOS DE VENDA
Além da regulagem das máquinas leitoras, o mais importante no momento seria ampliar o número de pontos de venda. Bilhetes de transporte devem ser vendidos em qualquer lugar, desde um boteco até em um shopping. Acreditamos que a facilidade na compra desses bilhetes incentivarão o uso do transporte.
O QUE É? QRCODE TRANSURC
Vale a pena a compra? Vale
Nota: 6
Onde comprar: Nos pontos de venda divulgados pela Transurc
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