Os grupos nostálgicos nas redes sociais sempre revivem o chamado “tempo de ouro” da cidade de Campinas.
O transporte por bonde funcionou na cidade até o ano de 1968, quando foi totalmente substituído pelos ônibus movidos a diesel, modal usado até hoje.
Na época, os bondes ligavam alguns bairros da cidade até o Centro, mas as regiões mais distantes já eram atendidas por ônibus da empresa CCTC e de outras dessas mesmas localidades.
Com o tempo, foi-se configurando que o bonde realmente era um transporte obsoleto e que não teria muito mais tempo de vida em Campinas, mas hoje os nostálgicos dizem que haveria espaço para eles. Será?
Hoje, os bondes naquele formato dos anos 60 existem apenas como transporte turístico nas cidades onde ainda operam. Em Lisboa ainda há vários deles em operação, mas são usados mais por turistas do que pelos lisboetas, que preferem os ônibus ou os chamados ‘trams”.
Tram é uma versão modernizada do bonde elétrico.
Circulando em trilhos pelas principais vias, os trams são muito difundidos em várias cidades europeias.
No Brasil recebeu o nome de VLT e há ramais em operação no Rio de Janeiro, com certo sucesso.
Cuiabá receberia o mesmo modal mas uma briga política fez com que as composições apodrecessem mesmo sem nunca terem circulado. Mais perto daqui há o VLT da Baixada Santista, na mesma configuração dos trams europeus.
Hoje Campinas poderia ter um modal assim, sobretudo operando nas regiões mais centrais e diminuindo o número de carros e ônibus nessas regiões.
Ao invés de ter vários ônibus cruzando o Centro, que tal se tivéssemos um VLT no Corredor Central fazendo trajeto alimentador?
Tudo é questão de pesquisa e boa vontade política.
Se algum político realmente tivesse interesse nesse modal, Campinas com certeza estaria muito mais à frente de seu tempo.