O BRT de Campinas tem vários erros de projeto em suas estruturas, a começar pela ideia de colocar catracas baixas sem qualquer fiscalização. São catracas muito modernas mas totalmente inadequadas para o padrão campineiro.
Cada estação e terminal tem em média dois validadores em cada acesso, ficando todas as outras catracas disponíveis apenas para saída. A catraca para cadeirantes é uma aberração só pelo seu projeto.
Projetada e vendida pela Garen, empresa fornecedora dos sistemas de catracas do BRR, a portinhola para cadeirantes é violada a todo momento por grande parte dos usuários do BRT.
Um projeto novo foi implantado em caráter experimental na Estação BRT Aurélia, com uma portinhola dupla e acesso exclusivo via interfone, algo que já existe em outras cidades.
Enquanto isso não chega às outras estações, as aberrações nas catracas continuam, sem qualquer intervenção da Secretaria de Infraestrutura ou da Emdec, que faz vista grossa.
Já nos terminais, os acessos chegam a ser bizarros. No Campos Elíseos, há uma escada livre que dá para a Avenida das Amoreiras, sendo que ali não tem catraca. Como gambiarra, foi colocada uma grade, sendo que o certo seria uma porta de correr, assim como há nas estações.
No Terminal Campo Grande, foram colocadas catracas em um acesso totalmente inutilizado simplesmente pelo fato de não haver como os passageiros chegarem por ali. O engenheiro que projetou, com certeza não anda de ônibus.
Já no Terminal Satélite Íris, as cabines de fiscalização ficam totalmente distantes das plataformas, ou seja, se precisar pegar alguma coisa, vai perder um tempo absurdo apenas no deslocamento plataforma-cabine.
O mesmo acontece no Terminal Santa Lúcia, cujas cabines foram construídas num nível abaixo das plataformas, deixando tudo completamente às cegas. Além disso, nenhum terminal do BRT tem estacionamento para carros.
A questão é: quem é responsável por isso, chegou a ver o projeto antes de mandar executar?
Da Redação ODC.
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