As últimas notícias advindas do Governo do Estado de São Paulo são animadoras para o setor de transportes públicos de Campinas, mas algumas coisas estão sendo superlativizadas.
É sempre importante ressaltar que o “leve” de VLT não é porque o veículo tem pouco peso, mas sim porque é um modal de capacidade inferior a um metrô, dimensionado para levar uma quantidade menor de passageiros.
Isso não quer dizer que é um trem pequeno, mas tem um custo operacional menor que de um trem convencional, pois tem menos carros de passageiros e dimensões específicas.
A questão atualmente é se esse VLT, que deverá contemplar várias cidades na região metropolitana, realmente irá sair do papel. As promessas são muitas, mas a realidade é bem diferente.
Não é de hoje que um trem metropolitano é prometido para a cidade. Desde a época do antigo VLT de Campinas é prometida uma linha de trem intrametropolitano, que nunca foi pra frente.
O atual projeto do VLT metropolitano é uma versão requentada do projeto antigo da época da extinta FEPASA – Ferrovias Paulistas S/A e cujos testes chegaram a serem realizados em determinados momentos, quando o modal ferroviário ainda estava em evidência.
Agora, com quase tudo destruído e precisando ser reconstruído, será que alguma coisa irá sair do papel? As promessas são muitas, mas na prática, até agora, apenas promessas e datas distantes.
Diz o Governo do Estado que o VLT metropolitano de Campinas deverá seguir pelo atual leito ferroviário que cruza a região, mas será necessário que sejam feitas obras de melhorias, já que hoje os trilhos são muito antigos.
Ao que tudo indica, o Trem Intercidades realmente deverá sair, pois a concessionária TIC Trens, responsável pelas obras, já até assumiu a operação da linha 7 da CPTM e agora terá que estendê-la até Campinas.
Nas últimas décadas foram muitas promessas e pouca coisa resolvida, por isso duvidar é quase sempre o certo. Espera-se que ao menos desta vez algo seja concreto.
Da Redação ODC.
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