O Brasil ocupa a décima posição no ranking global de empreendedorismo, de acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada há 20 anos. Participaram do estudo 49 países. Na última edição, divulgada em março de 2019, um dos indicadores mostra que 31% dos novos empresários empreendem por oportunidade.
Andréia e Bruno adquiriram sua primeira loja em 2017, diretamente do antigo proprietário. A Provanza é uma marca mineira de cosméticos, aromatizadores e casas de chá. Conta com 30 lojas em vários Estados brasileiros. Em 2019, a franqueadora lançou o modelo de quiosque, cujo investimento é mais acessível para quem planeja iniciar um negócio em um segmento que permanece em alta, como o de higiene e beleza.
A experiência na abertura da loja e do quiosque trouxe para Andréia e Bruno uma séria de aprendizados. Para eles, a escolha do modelo de franquia foi acertado, porque muita coisa já chega pronta e o apoio da franqueadora é importante.
Pesquisa
A primeira dica de Andréia é investir tempo em planejar cada etapa do processo de transição. A primeira delas foi a escolha do negócio em si. “Quando resolvemos investir na Provanza, eu já conhecia os produtos e gostava muito. Fui então pesquisar a marca, a empresa, outros lojistas. Conversei muito com o proprietário anterior. Na área de serviços, recomendo contratar algumas vezes, experimentar mesmo e avaliar se existe alinhamento. É muito fácil fazer isso e contribui para uma boa tomada de decisão”.
Modelo de franquia
Empreendedores que optam por adquirir franquias recebem um modelo de negócios amadurecido, testado e validado pelo mercado. “Encontramos suporte na franqueadora para lidar com a maior parte dos problemas do dia a dia. Isso sem contar no projeto arquitetônico, que é parte fundamental de quem atua no comércio. O quiosque da Provanza, além do valor acessível, é bonito e se diferencia dos demais que a gente encontra nos corredores dos shoppings. Isso atrai clientes. Existem problemas no dia a dia, como em qualquer negócio, mas buscamos resolver com o apoio da franqueadora”.
Investir primeiro, colher depois
Durante os dois primeiros anos do negócio, Andréia continuou trabalhando como jornalista e o resultado da loja ficava no próprio negócio. Com isso, o retorno do investimento correspondeu ao planejado. “Só passei a me dedicar integralmente à loja a partir do momento em que os resultados financeiros chegaram onde a gente planejou. Ao inaugurar o quiosque, procuramos um investimento menor, mas já temos planos de partir para novas unidades, porque acreditamos na marca e no potencial do mercado de higiene e beleza. Estamos entre os maiores mercados consumidores do mundo nesse segmento”.
Contar com as pessoas
Como jornalista, Andréia teve que buscar conhecimentos em outras áreas, algo que é comum aos empreendedores. Ela conta com o apoio administrativo e financeiro do marido, mas faz toda a gestão da loja, sendo responsável pela logística, gerenciamento de equipes, marketing, etc. “Precisei desenvolver habilidades que não tinha e contar com os conhecimentos do meu sócio. É importante conversar muito, entender o que cada um gosta e tem talento para fazer. A divisão de responsabilidades não pode ser aleatória. Para um negócio prosperar, é preciso trabalhar duro, com foco, determinação e alinhamento. Outro ponto importante é saber contar com as pessoas e confiar nelas”.
Trabalhar muito
A decisão de abrir a segunda loja contribuiu para que Andréia abandonasse a profissão de jornalista. “Foi uma escolha difícil, mas não me arrependo. Para empreender, é fundamental ter dedicação, trabalhar duro, cuidar dos detalhes e estar sempre pronto para oferecer ao cliente uma boa experiência. A Provanza tem clientes fieis, que compram regularmente. O desafio está em fazer com que mais gente conheça a marca e venha até a loja, seja no modelo tradicional, seja no quiosque. A gente tem que se esforçar, atrair e reter o cliente é um desafio que está nas mãos de quem empreende, no perfil dos colaboradores, no engajamento com a marca e na vontade de fazer dar certo”.
Planejamento
Andreia deixa um recado final para quem planeja começar 2020 com uma mudança de vida. “É difícil empreender no Brasil, mas nunca me arrependi. Mesmo que algumas vezes o resultado demore, a gente acaba colhendo os frutos. Fizemos tudo no tempo certo, de acordo com a demanda do mercado e nossa capacidade de investimento. O primeiro ano exige muito, é ilusão achar que vai abrir a empresa e deixar tudo funcionar sozinho ou apenas com colaboradores. Para ter resultados, é preciso colocar a mão na massa e acreditar”.
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