A substituição dos dentes perdidos pode ser feita de diferentes formas com vantagens e desvantagens muitas vezes desconhecidas pelos pacientes. O mito de que esses procedimentos são acompanhados de momentos de dor e apreensão já não faz mais parte do dia a dia dos dentistas. Atualmente, o objetivo desses especialistas é garantir que o resultado estético e funcional seja o desejado pelo paciente.
Outra pesquisa realizada pelo Edelman Insights, “Percepções Latino-americanas sobre Perda de Dentes e Autoconfiança”, mostra que a perda de dentes é o segundo fator que mais prejudica a qualidade de vida de pessoas entre 45 e 70 anos. O estudo ouviu 600 latino-americanos, entre eles 151 brasileiros. Os pesquisadores destacam ainda que, para 32% dos entrevistados, a perda de dentes os impede de ter um estilo de vida saudável e ativo.
Ainda segundo a pesquisa, 52% dos entrevistados disseram que a perda de dentes deixou a aparência do seu rosto pior; 43% afirmaram que a perda de dentes lhes atrapalha a namorar ou paquerar; e 21% disseram que a condição lhes impediu de fazer novos amigos. Sobre autoestima e fala, 38% dos entrevistados manifestaram se sentirem mais inseguros para ir a festas e eventos sociais; e 41% relataram mais dificuldade na pronúncia das palavras após a perda de dentes.
Com as mudanças no setor odontológico e o avanço da tecnologia, apesar da facilidade em encontrar métodos para cobrirem os dentes perdidos, as dúvidas em torno dos modelos de prótese, limpeza dos implantes e o material que é utilizado nos “novos dentes”, por exemplo, ainda permeiam os pacientes que buscam esses tratamentos.
Vantagens e desvantagens de próteses e implantes
Os dentistas costumam iniciar as consultas já apresentando o tipo de tratamento possível para cada caso. Mas, antes de tomar uma decisão, o paciente precisa entender a diferença das nomenclaturas básicas.
“O implante é um artefato colocado dentro do osso do paciente com o objetivo de substituir a raiz que ele perdeu. A prótese é a substituição da coroa, que é aquela parte branca, o dente que a gente enxerga” – relata Dr. Eduardo Lagôa, cirurgião-dentista, credenciado em implantes Zigomáticos pelo Branemak Instituto de Bauru, formado em cirurgia oral menor, estética dental e é especialista em implantes pela Universidade de São Paulo (USP).
Com o decorrer dos anos, os procedimentos foram modernizados de forma a tornar a saúde bucal das pessoas o mais natural possível, mesmo após uma cirurgia. A prótese total, popularmente conhecida como dentadura, é a forma com o menor custo e complexidade. Mas existem inúmeras limitações que serão transferidas ao paciente, como perda da capacidade mastigatória. Nos casos em que se preserva parte da dentição, os implantes e próteses são as opções mais adequadas.
A tecnologia também tem trabalhado para facilitar a busca por resultados e garantir a saúde bucal dos pacientes. Dentro dessas possibilidades, as próteses são divididas em dois modelos: as fixas e as móveis. Ambas com vantagens e desvantagens que variam de acordo com a necessidade e vontade apresentadas pelo paciente após avaliação médica.
“As próteses fixas são parafusadas e só o dentista consegue colocar, substituindo a função e a estética dos dentes. As móveis têm um encaixe e o paciente consegue remover e colocar novamente. As fixas vão dar uma firmeza maior na mastigação, uma segurança maior para o paciente. Em contrapartida, exige um cuidado maior para higiene. Já as móveis, como é fácil remover, a limpeza pode ser feita na mão”, pontua Lagôa, dentista com mais de 27 anos de experiência nacional, internacional e acumulo de treinamentos, cursos e especializações garantindo procedimentos
A análise feita visando a reabilitação oral multidisciplinar do paciente faz com que as cirurgias sejam adequadas para cada problema. O dentista precisa analisar, por exemplo, se o requisitante ainda está com a raiz em boas condições, pois, assim, é possível colocar pinos e coroas em cima das raízes existentes, sem a necessidade de procedimentos mais invasivos.
Caso contrário, quando o paciente não tem mais a raiz, ou seja, foram feitas extrações, a melhor situação inclui fazer um implante e coroas fixas ou próteses removíveis sobre o implante. Essa é a opção mais moderna e eficiente, que resulta numa aparência mais próxima da dentição natural. O processo é feito em duas fases: primeiro a cirurgia, quando os implantes de titânio, na forma de parafusos, são fixados no osso do paciente. Depois, vem a chamada etapa protética, onde uma prótese fixa é parafusada ou cimentada sobre os implantes.
O cenário duvidoso apresentado aos pacientes inclui ainda o material usado nos implantes. Dr. Eduardo pontua que os implantes são – e devem sempre ser – fabricados com material titânio, que é 100% biocompatível.
O biomaterial é definido pela baixa reatividade e pela grande estabilidade da sua camada de óxido superficial. Pelas suas propriedades mecânicas, é utilizado nos implantes dentários visando contribuir para o desenvolvimento de novas superfícies osteointegráveis.
O mito das dores em procedimentos odontológicos
Um mito que assombra as pessoas com dentes perdidos é o alto valor do investimento. Dentistas afirmam que, com a popularização dos implantes, as substituições dentárias estão mais acessíveis, com a viabilidade de pagamento adequada à realidade do país. Além disso, as clínicas multidisciplinares, possui especialistas em diversas áreas da odontologia, que prevê um custo menor dos tratamentos com a centralização do atendimento.
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