Vistoria “seletiva” da Emdec permite que veículos velhos rodem, e barra outros novos sem problemas

A cidade de Campinas tem uma das tarifas do transporte público mais altas de todo o país, porém tem uma das frota mais velhas em operação. De acordo com a lei em
vigor, a idade média da frota não pode passar dos cinco anos, mas está acima de seis anos há muito tempo.

Há dois anos atrás o ODC publicou uma matéria sobre o mesmo assunto, e na época a frota estava com uma idade média de 6,7 anos, o que é considerado muito alto.
A frota velha é prejudicial para quase todo mundo: para os usuários que são obrigados a andar em ônibus desconfortáveis e também para as empresas que têm que fazer
manutenção com mais frequência e gastar mais com insumos. Só não é ruim para a Emdec, já que lá ninguém anda de ônibus e ainda fazem vistorias fajutas sem
qualquer critério.

As vistorias da Emdec vão de acordo com o humor das pessoas que são responsáveis por esse trabalho. É muito comum ver ônibus caindo aos pedaços circulando
pelas ruas e veículos relativamente novos parados por conta de um parafuso que está faltando, ou seja, não há critério. Se o vistoriador estiver de bom humor, libera
qualquer coisa.

O mesmo acontece com ônibus de turismo, fretamento e escolares, que também têm que passar por vistorias periódicas. As reclamações são comuns: vans escolares
barradas por causa de um pega-mão fora do lugar e outras liberadas com vários problemas.

Para quem não utiliza o serviço, é fácil vistoriar sem critérios. É um problema que acaba sendo empurrado para empresas, motoristas e usuários.

Da Redação ODC.


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