O ano era 2003. A prefeita era Izalene Tiene (PT), que assumiu o mandato após o assassinato (até hoje sem solução) de Toninho. O transporte coletivo de Campinas vivia uma fase de ‘amor e ódio’ com o SIT Campinas.
Com relação ao transporte em si, a cidade era dividida em seis áreas. Não havia cores específicas, e o sistema tinha um número de linhas maior do que as de hoje. Os perueiros, com o sistema alternativo, estavam em operação.
As duas fotos são raríssimas, e mostram um carro que é pouco lembrado: um Marcopolo Torino GV Volvo B58, que rodava pela Viação Morumbi, operadora da região do Campo Grande e Itajaí. O carro tinha três portas.
O veículo foi comprado pela VBTU (que também operava linhas em Campinas), depois repassado para a Viação Piracicabana, nas linhas metropolitanas de Santos, e voltou pelas mãos da Morumbi, que assumiu a operação do Campo Grande no ano 2000, quando a Visca (Viação Santa Catarina) foi cassada pelo então prefeito Chico Amaral (responsável por trazer os perueiros para Campinas, inclusive).
Reportagem da Folha de S. Paulo na época lembra que a transferência foi conturbada: a Visca, segundo o diretor da Morumbi, deixou os carros sem condição de rodar.
Sobre as linhas: a 4.21 (da primeira foto) ligava o Terminal Itajaí até o Terminal Central. É equivalente a atual 214, com diferenças no itinerário, já que não pegava a Rodovia Anhanguera e Avenida Prestes Maia na época.
A linha 4.23 (da segunda foto) era a Terminal Itajaí / Rodoviária via Jardim Maracanã. Hoje, é a linha 213, praticamente sem alterações, a não ser a localização da rodoviária e de sentidos de trânsito no bairro.