Dados do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 30 milhões de brasileiros lidam diariamente com os desafios da artrose.

Segundo o ortopedista Diógenes Machado, trata-se de um diagnóstico que até pouco tempo atrás condenaria o paciente a usar bengala ou andador para o resto da vida, mas que atualmente pode ser revertido graças a evolução dos tratamentos, que incluem novos materiais e até mesmo técnicas cirúrgicas minimamente invasivas.

“O mais comum é que os tratamentos se deem por meio de uma cirurgia e consequente colocação de próteses, a chamada artroplastia total do quadril, realizada com materiais de baixa fricção e implantados com ou sem cimento acrílico. Recentemente, a evolução medicinal também tem resultado em uma redução considerável no risco de infecção ligado ao procedimento, o que destaca ainda mais os benefícios proporcionados para quem necessita realizar a intervenção”, diz Diógenes.

O especialista ressalta que os pacientes com artrose não se limitam apenas a população idosa, pois muitos jovens – com predisposição genética, problemas relacionados à prática esportiva ou doenças – também sofrem com a condição.

“O desgaste da cartilagem da cabeça do fêmur e do acetábulo provoca uma dor que não raramente se demonstra insuportável. Assim, com o passar do tempo, caso não haja tratamento, a enfermidade pode avançar e até mesmo restringir a mobilidade”.

A evolução dos tratamentos nos últimos anos também refletiu em uma redução no custo dos procedimentos, com a possibilidade de colocar próteses e devolver a qualidade de vida dos pacientes se tornando muito mais acessível.

“Atualmente, os progressos tecnológicos têm permitido, inclusive, que atletas lesionados retomem uma rotina competitiva, ou seja, a medicina busca, cada vez mais, garantir que todas as pessoas possam se recuperar da artrose e das dores do quadril”, comenta Dr. Diógenes.

Diante desse cenário, o ortopedista orienta que ao aparecimento de quaisquer sintomas que possam sinalizar a presença de artrose, um especialista seja procurado o mais rápido possível.

“Dores nas articulações afetadas, inchaço, limitação de movimento e queimação e dores em alguns pontos do corpo costumam ser sinais que merecem atenção. Um diagnóstico precoce e acompanhamento adequado desde o início do problema ajudam em um tratamento ainda mais eficaz e que previne graves deteriorações da região do quadril”.