A cidade de Campinas tem uma série de curiosidades que chamam a atenção, tanto pela falta de fiscalização ou pela fiscalização excessiva. Não é de hoje que a Emdec tem um “namoro” com os ciclistas, que são bem organizados em associações e que no começo dessa administração apresentaram várias pautas.
Só que mesmo com 100 quilômetros de ciclovias, quase todas desconectadas ou construídas em locais muito esdrúxulos e sem qualquer segurança, ciclistas insistem em continuar usando a canaleta do BRT para ficar passeando.
Ainda é muito comum ver ciclistas transitando na maior tranquilidade pelas faixas exclusivas do BRT, sobretudo nos trechos do Campo Grande e do Perimetral, atrapalhando a operação dos ônibus articulados.
Várias vezes por dia os ônibus do BRT precisam buzinar ou desviar de ciclistas que acham que as faixas são deles, e tudo com conivência da Emdec. Gastou-se um grande dinheiro em ciclovias que eles mesmos não usam.
Antes do início da operação do Corredor Perimetral, foi feita uma campanha para que pedestres e ciclistas deixassem a via livre, até por motivo de segurança, mas isso foi completamente ignorado. Também é muito comum ver pessoas caminhando ou correndo na faixa de concreto.
Será que os agentes da Emdec, que transitam diariamente pela faixa, não podem fazer a orientação desses pedestres e desses ciclistas? Quando ocorrer algum acidente, a culpa será do ônibus que está na faixa correta dele?
Campinas tem sempre dessas curiosidades: pede-se algo para que os outros usem, que nem as ciclovias: os ciclistas organizados falaram tanto mas não usam algo que eles mesmos pediram. Curioso.
Da Redação ODC.
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