História dos Transportes em Campinas | A região do Ouro Verde (Capítulo 18)

As obras do Projeto Trólebus se desenrolaram até que de forma rápida na segunda metade da década de 80 do século passado. O primeiro trecho, que era o da Avenida João Jorge, foi concluído rapidamente.

O segundo trecho também teve as obras avançando rapidamente, porém os desvios atrapalharam muito o transporte nesse período. Os coletivos impedidos de descer a Avenida das Amoreiras seguiam pela Avenida Prestes Maia e desciam pelo acesso à Avenida Prefeito Faria Lima.

Dali, seguiam pela Faria Lima e acessavam a ponte da Avenida das Amoreiras sobre o córrego Piçarrão. Inclusive as obras de alargamento dessa ponte demoraram bastante, exigindo vários desvios ao longo do tempo.

As obras da ponte sobre o Córrego Piçarrão foram feitas em partes para evitar que o transtorno à população fosse ainda maior. Incialmente fez-se uma pista adicional de um lado, e depois foi feita a do outro lado.

Quando o segundo trecho foi concluído, a Avenida das Amoreiras, que virou totalmente via exclusiva para ônibus no trecho até o Hospital Mário Gatti, foi liberado e já com toda a configuração para os trólebus.

Os coletivos que iriam circular no corredor começavam a ser estudados pela prefeitura, porém isso iremos comentar nos próximos capítulos desta série e de forma detalhada.

Mais adiante foi necessário o alargamento de toda a Avenida das Amoreiras, e por isso houve a necessidade do recuo das fachadas e das calçadas. Isso foi um transtorno imenso para toda a população, sobretudo para os comerciantes da região.

Muitos comerciantes da região reclamaram pois as vendas estavam sendo prejudicadas já que não havia estacionamento para ninguém. Depois da finalização, os comerciantes agradeceram e reconheceram que o transtorno valeu a pena, pois houve muitas melhorias.

Paralelamente a tudo isso houve a instalação de postes que receberiam a rede elétrica que alimentaria os ônibus elétricos. Uma infinidade de postes foram colocados em toda a extensão da Avenida das Amoreiras.

A última parte da obra ficou para a descida da Vila Rica, onde deveria ser construído o Terminal Campos Elíseos, ponto final dos coletivos elétricos e ponto de partida dos convencionais para o Ouro Verde.

A via ficou interditada por um bom tempo até a finalização das obras. Tudo acabou sendo liberado com a conclusão dos trabalhos, porém sem o terminal. O projeto original previa algo diferente do que foi feito hoje com o BRT.

No próximo capítulo, vamos falar sobre o que deveria ser o Terminal Campos Elíseos.

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