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      Mesmo com frota mais velha da história, Prefeitura aumenta subsídio do transporte e alimenta sistema falido

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      Na semana passada a Prefeitura de Campinas publicou no Diário Oficial do município o aumento do subsídio ao serviço de transporte coletivo urbano.

      O valor foi incrementado em cerca de R$ 40 milhões, fazendo com que o mesmo passe os R$ 160 milhões, incluindo R$ 13 milhões para o sistema gratuito PAI, que transporta pessoas com mobilidade reduzida em vans e ônibus específicos.

      A justificativa da prefeitura para o aumento do subsídio é a mesma de sempre: aumento dos salários dos funcionários do setor, que ocorreu em maio, e o aumento do custo de operação, incluindo manutenção, etc.

      Mais uma vez não houve nenhuma exigência. A prefeitura simplesmente faz o aumento do repasse de dinheiro às empresas e não cobra nada em troca.

      Com a aproximação das eleições, o custo do falido sistema de transporte de Campinas deverá aumentar ainda mais. Com a Emdec tomando decisões exclusivamente políticas para agradar correligionários, andar de ônibus vai ficar cada vez mais caro.

      Impressiona o quanto ficou mais caro manter o sistema de transporte de Campinas com a frota mais velha da história, onde mais da metade dos ônibus já tem mais de 10 anos de uso, ou seja, por contrato estão vencidos, mesmo com a redução do número de coletivos.

      Do início da pandemia para cá, a estimativa é que cerca de 25% dos ônibus não circulam mais, e mesmo assim o custo do sistema só cresce.

      A prefeitura infelizmente não faz nenhuma exigência, algo que se repete desde a gestão Barreiro à frente da Emdec, ainda na época do prefeito e atual deputado federal Jonas Donizette.

      Até a chegada de Barreiro ao cargo, sempre exigia-se um mínimo de renovação de frota. Desde então, isso nunca mais foi exigido. Resultado: uma frota velha e com um custo de manutenção altíssimo.

      Para piorar, a Emdec fomenta cada vez mais um sistema falido e fracassado. Recentemente linhas de ônibus têm voltado a operar mesmo sem demanda e mesmo que regiões já sejam atendidos, mas ainda não agradavam interessados políticos.

      Durante a pandemia algumas linhas foram unificadas e outras extintas, mas com o itinerário sendo atendido por outros ônibus, mas mesmo assim a sobreposição, que é o resultado de um sistema ruim, continua voltando com força.

      Linhas desnecessárias estão sendo reativadas sem o devido estudo necessário, mas que agradam lideranças regionais ou simplesmente pessoas que querem a todo custo entrar para a Câmara no ano que vem.

      Esse tipo de decisão deixa o sistema cada vez mais caro, e ainda prejudica outras linhas que têm carros perdidos. Para cobrir uma linha, é necessário retirar carro de outra linha. E se for preciso acrescentar um carro, a Prefeitura paga por isso, por meio do subsídio.

      E os vereadores campineiros, onde estão? A fiscalização do Executivo morreu e esqueceu de avisar à população? Uma vergonha.

      José Gaveta – Da Redação ODC.
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