Campinas cadastrou 30 projetos de diversas áreas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Para a primeira etapa está previsto o investimento de mais de R$ 65,4 bilhões em todo o País. O pedido do município de recursos na ordem de R$ 1,7 bilhão, a fundo perdido, é para a construção de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), maternidade, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), espaços esportivos; obras de drenagem, prevenção de desastres, regularização fundiária e mobilidade; além de renovação de frota.
“São obras importantes para Campinas, que envolvem áreas de saúde, meio ambiente, infraestrutura, assistência social e habitação e que vão ajudar muito a melhorar nossa cidade”, disse o prefeito Dário Saadi.
Os projetos cadastrados pelos municípios agora serão avaliados e a expectativa é que a relação das cidades contempladas seja publicada em breve, já que os recursos para as obras devem ser empenhados ainda este ano. Se aprovados, os recursos devem começar a chegar nos municípios contemplados no próximo ano.
De acordo com o secretário de Finanças de Campinas, Aurílio Caiado, entre os projetos cadastrados está o das obras antienchentes. “Os recursos para a primeira fase desta obra já foram solicitados para o BNDES e a verba do Novo PAC será utilizada para a segunda etapa das obras”, explicou.
Outras obras para as quais Campinas está pleiteando recursos são a urbanização do núcleo Santos Dumont, pavimentação e drenagem no Bairro Bosque das Palmeiras, Construção de espaços Comunitários no DIC IV, Jardim Caimãn, Chácara da Barra e Parque Universitário de Viracopos.
Mobilidade urbana
Cinco projetos de mobilidade urbana foram inscritos pela Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Transportes e da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), para obtenção de recursos do PAC. Foram apresentadas propostas para aquisição e implantação de 800 abrigos “Andorinha”; construção dos terminais Campo Belo e Amarais, incluindo infraestrutura de ciclovia; corredores e estações do BRT no Corredor Central; aquisição de 256 veículos elétricos para o sistema convencional e de 256 ônibus básicos para a frota do serviço alternativo.
“São projetos voltados para atender as demandas atuais e futuras de melhoria do transporte público coletivo, em benefício daqueles que utilizam todos os dias as linhas municipais, terminais e pontos de parada. Nossa expectativa é obter a aprovação de todas as iniciativas”, destacou o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.
Os recursos pleiteados para a instalação de 800 abrigos “Andorinha” somam cerca de R$ 17,8 milhões, sendo R$ 13,7 milhões relativos ao repasse e R$ 4 milhões de contrapartida do município. A proposta inscrita no eixo “Mobilidade Urbana Sustentável” prevê que a aquisição e a implantação ocorram em um prazo de dois anos.
Outro projeto inscrito pelo município, no eixo “Mobilidade Urbana Sustentável”, envolve a implantação de corredor exclusivo (pavimento de concreto) de 4,1 km do BRT na área central, nas avenidas Moraes Sales, Irmã Serafina, Anchieta, Orosimbo Maia e Senador Saraiva; além da adequação do Terminal Central, com cinco plataformas elevadas. Estão previstas quatro estações BRT, na Moraes Salles, Anchieta, Dona Libânia e Orosimbo Maia. Os recursos pleiteados somam R$ 54,7 milhões, sendo R$ 52 milhões de repasse e R$ 2,7 milhões de contrapartida do município.
No mesmo eixo, o município inscreveu projetos para construção do Terminal Campo Belo, em área de 7,6 mil metros quadrados e 12 plataformas; e para adaptação e ampliação da Estação de Transferência Amarais. A ideia é que a estação seja transformada em terminal. Também está prevista a expansão da infraestrutura cicloviária existente, com 2,9 km, integrada ao terminal. O valor pleiteado para as duas iniciativas é de R$ 40,6 milhões, sendo R$ 38,6 milhões de repasse e R$ 2 milhões de contrapartida.
Frota elétrica e do sistema alternativo
A modernização da frota dos sistemas convencional e alternativo também está entre os projetos pleiteados pelo município, no eixo “Cidades Sustentáveis e Resilientes”. Para a aquisição de 256 ônibus elétricos do tipo Padron, com capacidade mínima de 80 passageiros, foram pleiteados R$ 732,4 milhões, sendo R$ 695,8 milhões de repasse e R$ 36,6 milhões de contrapartida do município. O pedido inclui 256 equipamentos de recarga. Os veículos integrarão a frota do serviço de transporte público coletivo em processo de concessão.
Também no eixo “Cidades Sustentáveis e Resilientes”, o município pleiteou recursos para a aquisição de 256 ônibus básicos, com capacidade de até 70 passageiros. Os veículos integrarão a frota do serviço de transporte público coletivo alternativo de Campinas. O valor pleiteado é de R$ 216,7 milhões, sendo 205,9 milhões de repasse e R$ 10,8 milhões de contrapartida.
As informações são da Prefeitura de Campinas.
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