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      Semiexpressa que demora mais que linha normal, mudança atrás de mudança.. Emdec parece perdida

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      Não é de hoje que o ODC aponta, por A mais B, os inúmeros problemas que a Emdec tem na gestão do transporte de Campinas. Criação de linhas sem sentido, alterações de itinerários que não se mostram eficientes, tabela horária impossível de cumprir. E, a cada dia que passa, a nossa teoria acaba se mostrando mais real: quem dá “a ordem” nas mudanças das linhas não conhece a cidade de Campinas.

      Vamos dar um exemplo muito simples. A linha 499, que teve uma mudança de itinerário bastante importante há um tempo, com o fechamento do cruzamento da Baden Powell com a Rua Santa Cruz das Palmeiras. Os ônibus, então, tem que entrar na Baden, ir até o semáforo do Pague Menos, voltar, para aí sim acessar a rua.

      Qualquer pessoa com um mínimo de noção de lógica perceberia que isso aumentaria o tempo que os veículos demoram para percorrer o itinerário. Mas, a Emdec, não. Os motoristas eram obrigados a fazer da entrada do condomínio Parque das Águas até a Rua José Paulino em míseros 35 minutos. De carro de passeio até é possível, se fosse fazer a mesma quantidade de voltas. Mas, um ônibus pegando passageiros, jamais.

      A correção dessa barbeiragem acontece nesta quarta-feira, quase 1 mês depois da mudança de itinerário. Agora, os motoristas tem 40 minutos para percorrer o itinerário. É pouco, mas melhor que antes.

      Outro exemplo

      A criação das linhas 256 e 257 se mostraram mais um grande fiasco e uma demonstração de poder das empresas em cima da submissão do órgão que deveria ser quem dá as cartas na mesa.

      As ligações ditas semiexpressas entre Parque São Jorge e Parque Fazendinha ao centro são apenas cortina de fumaça. O ODC andou na linha 256 nos últimos dias, e o caminho, que deveria ser mais rápido, acabou se tornando mais lento que a própria linha 251. Os ônibus só não fazem duas paradas na Avenida Lix da Cunha, mas pegam o trânsito caótico que se forma diariamente por causa da Rodovia SP-101 (outro problema que nunca vai ter solução, pelo jeito) para parar à direita na Estação Anhanguera.

      Essa decisão foi tomada simplesmente porque a Expresso Campibus não comprou os carros que “deveriam” ter sido adquiridos. Preferiu investir em modelos pequenos, com portas apenas à direita. E justificativa para isso ela até tem: não há um contrato em vigor. Há apenas acordos emergenciais que estão em vigor há mais de quatro anos. Em teoria, não há nada, do ponto de vista jurídico, que obrigue as empresas a cumprir um edital que foi considerado irregular pelo TCE (o do InterCamp, não o que está parado agora).

      Com o contrato precário atual, nem as batidas de pé ou ameaças deveriam ser levadas em conta. Mas, de escândalo já basta o restante da cidade (né, Câmara?)

      Agora, as duas linhas vão deixar de fazer o esdrúxulo itinerário pela Conceição, Irmã Serafina, Anchieta e Benjamin Constant para seguir pela Senador, Moraes Salles e José Paulino. Alguém se lembra quando a 251 recebeu os carros minúsculos e a linha passou a fazer o mesmo itinerário, e na semana seguinte a Emdec desistiu e voltou atrás? Então. Porquê insistir num erro?

      Lembra quando sua mãe dizia que você “não era todo mundo”, e que “não é o mundo que está errado, é você”? Então. Os técnicos e engenheiros da Emdec nunca tiveram essa conversa.