Setcamp cede ônibus à prefeitura para ampliar acolhimento a moradores em situação de rua

A Prefeitura de Campinas utilizará um ônibus para ampliar o acolhimento de moradores em situação de rua no município. A operação começará nesta quinta-feira, dia 29, a partir das 20h e irá até a 1h. A ação vai reforçar o serviço do SOS Rua. É o “ônibus da solidariedade”. O veículo, com capacidade para 36 pessoas, foi emprestado por uma empresa de ônibus de Campinas. O serviço durará até a normalização das condições climáticas.

“Somos muito gratos por esse apoio. Precisamos nos desdobrar para atender essa população que tanto precisa de ajuda nesse momento de frio extremo”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas.

Desde terça-feira, dia 27, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas iniciou uma série de ações para acolher moradores em situação de rua. A medida é motivada pela chegada de uma frente fria intensa no município. As medidas durarão até a normalização das condições climáticas.

As medidas definidas foram:

1) Ampliação da abordagem de rua (Operação Inverno), com equipe volante extra em parceria com a Defesa Civil. São dois veículos e haverá um a mais da Defesa Civil;

2) Ampliação do atendimento telefônico do SOS Rua (19 99984-6496) das 18h à meia-noite (antes era das 18h às 21h);

3) Abrigamento emergencial na Casa da Cidadania, com 100 novas extras, com oferta de café da manhã;

4) Entrega de cobertores na Casa da Cidadania e no Refeitório da Cidadania;

5) Ampliação do atendimento do bagageiro das 8h às 19h (o horário anterior era das 8h às 17h). O bagageiro poderá funcionar inclusive no final de semana;

6) Ampliação da Campanha do Agasalho até 15 de agosto;

7) Ampliação do atendimento espontâneo no albergue municipal até meia-noite (antes era até 20h).

“Estamos intensificando medidas para garantir o atendimento da população em situação de rua em Campinas. São ações necessárias para enfrentar esse momento de intensificação do frio”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas.

A Prefeitura de Campinas criou operações distintas especificamente para o enfrentamento da vulnerabilidade social no inverno:

1) A Campanha do Agasalho – Iniciada no dia 26 de maio, a Campanha do Agasalho já arrecadou 11,8 toneladas de agasalhos e irá até o dia 31 de julho.

Em função da pandemia, e sob orientação do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) do município, as roupas doadas ficarão durante uma semana em quarentena como medida preventiva contra o Covid-19.

As doações são distribuídas para Organizações da Sociedade Civil (OSC) parceiras e para os serviços de atendimento da Prefeitura de Campinas voltados à população em vulnerabilidade social.

Os interessados em abrir um ponto de coleta de roupas podem entrar em contato com a Prefeitura pelos telefones (19) 2116-0165 ou 2116-0281.

2) Operação “Amigo no trecho” – Iniciada em 1º de julho. O projeto envolve a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas, a Polícia Militar Rodoviária e a Concessionária Autoban. Trata-se de um serviço 24 horas que, ao identificar um morador em situação de rua nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes, aborda e oferece acolhimento no albergue municipal.

A Operação Inverno

A Prefeitura iniciou a Operação Inverno no dia 1º de maio. A ação, por meio das equipes do SOS Rua, segue até o fim de setembro. Neste período de frio, o horário noturno de abordagem das pessoas em situação de rua foi ampliado em duas horas, passou a ser das 18h à meia-noite. O objetivo é acolher essas pessoas, se elas aceitarem, e encaminhar aos serviços da rede de proteção, de assistência social (albergue) e de saúde do município. As equipes entregam cobertores aos que recusam acolhimento no albergue. Desde o início da Operação Inverno até o momento foram distribuídos 7.045 cobertores.

O SOS Rua conta com equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos e educadores que atuam diretamente nas ruas.

Os atendimentos mensais das equipes do SOS Rua aumentaram em 50%, de 600 para 900, desde o início da Operação Inverno. A ação segue até o fim de setembro. Neste período de frio, o horário noturno de abordagem das pessoas em situação de rua foi ampliado e passou a ser das 18h à meia-noite.

A população em situação de rua é atendida por um conjunto de serviços que incluem:

1) Bagageiro – Desde abril deste ano, as pessoas em situação de rua também podem contar com o bagageiro, um espaço para guardar os pertences. Fica na Rua José Cruz Ferreira Jorge, 32, na Vila Industrial e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

2) O serviço de abordagem social, o SOS Rua (ver acima),

3) A Prefeitura conta com 3 abrigos para pessoas em situação de rua:

O Samim (albergue municipal) – que oferece 120 vagas

Pessoas que procuraram abrigo no Samim:

Mês de abril – Média por noite: 62 pessoas

Mês de Maio – Média por noite: 78 pessoas

Mês de Junho – Média por noite: 74 pessoas

Mês de Julho – Média por noite: 75 pessoas

Mais dois abrigos emergenciais:

O Abrigo Emergencial “Casa Santa Dulce dos Pobres” está preparado para acolher 40 pessoas em situação de rua

O Abrigo Emergencial “Zilda Arns” – Serviço de Proteção em situações de calamidade pública e de emergências (atualmente usado para pessoas com sintomas gripais), com 30 vagas.

4) Os centros POP Sares unidade 1 e unidade 2:
São unidades públicas que ofertam atendimento especializado para pessoas em situação de rua. As ações desenvolvidas são: acolhida; escuta qualificada e compreensão do contexto familiar e social dos (as) usuários (as); orientação para acesso à documentação pessoal; compreensão da complexidade e da dimensão social que perpassa a situação de rua; incentivo à participação social dos (as) usuários (as) e a defesa de direitos e oferta de cuidados de higiene, vestuário e alimentação.

5) Há ainda as casas de passagem, que acolhem pessoas em situação de rua oferecendo espaço transitório de moradia para a construção do processo de saída das ruas. Oferecem cuidados de higiene, saúde, alimentação, vestuário, documentação e convivência.

6) Casas de Acolhimento Transitório, que consistem em espaços terapêuticos de transição e de proteção onde os usuários da rede de atenção psicossocial em tratamento para transtornos relacionados ao uso de droga podem permanecer por um período entre 30 e 40 dias.

Consultório de rua

A Prefeitura de Campinas mantém o Consultório de Rua, que visa atender a essa população e cuja gestão está a cargo da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Por meio de um veículo adaptado que percorre diversas áreas da cidade, o Consultório na Rua oferece cuidados em saúde aos usuários em seus próprios contextos de vida. É composto por uma equipe multidisciplinar que conta com médicos, psicólogos, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, enfermeiros e redutores (pessoas que trabalham com a política de redução dos danos causados pelas drogas). O foco do atendimento se volta para as doenças ou condições que mais atingem os moradores de rua, tais como tuberculose, alcoolismo e combate ao crack e outras drogas. Orienta a população sobre doenças, como as sexualmente transmissíveis e hepatites. Realiza curativos, testes de diabetes e medição de pressão.

As informações são da Prefeitura de Campinas.
Leia também: Onda intensa de frio chega, derruba temperaturas e pode ocorrer geada até domingo, dia 01/08


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