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      Remediar em vez de prevenir, BRT patinando, super-heróis mambembes… E Campinas vai…

      CRISE NA SAÚDE 1
      Para variar, Campinas vive novamente uma crise na saúde pública. A superlotação dos hospitais, muito em parte pela epidemia de dengue, também teve outros três fatores associados: ligeiro aumento dos casos de covid-19 (que, apesar de menos graves desta vez, estão lotando recepções e salas de atendimento para casos menos urgentes), a onda de calor e as doenças respiratórias (comuns, até) e a falta de ação de um governo que parece ter que sempre correr do remédio, em vez de prevenir o problema.

      CRISE NA SAÚDE 2
      A epidemia de dengue já era uma informação certa desde outubro do ano passado. Em diversas entrevistas na rádio e TV, técnicos da própria Vigilância Epidemiológica já alertavam para um 2024 perigoso. E, em vez da prefeitura se armar, pensando em locais específicos para atendimento de casos de dengue (os dengários), adiantando medidas como a ‘separação’ de casos leves para Centros de Saúde e graves para UPAs, preferiu concentrar nas redes sociais e em trends bobas do Instagram.

      CRISE NA SAÚDE 3
      Não à toa, Campinas já tem praticamente 20 mil casos de dengue e está dobrando o número registrado em 2023 inteiro. Hospital de Clínicas (do Estado) está lotado. As cidades da região tem estruturas deficitárias… É a receita para o desastre. Mas, se a cidade estiver bem entre os seguidores virtuais, tá tudo bem.

      CADÊ TODO MUNDO? 1
      O presidente da Emdec, Vinícius Riverete, esteve dia desses no Terminal Campos Elíseos. E, pelo que dizem, não gostou nada do que viu. Terminal ‘morto’, sem grande movimentação, e a linha BRT12 saindo quase vazia — enquanto as outras… Todos os dias chove no ODC reclamações sobre a BRT10, que anda atrasada, que está cheia, e a BRT11, que não atende aos pontos que realmente interessam ao usuário.

      CADÊ TODO MUNDO? 2
      Não coincidentemente, no dia seguinte a BRT11 passou a ter um carro, que foi retirado da BRT12. Enquanto isso, as alimentadoras ficam ao Deus-dará. Não é raro ver carro da 141 entrando no terminal porque o carro da 144 quebrou… E aí falam que a operação é ótima. Aham.

      TUDO MUITO BOM, TUDO MUITO BEM…
      O Terminal Satélite Íris parece definitivamente consolidado. As linhas estão com intervalos até que razoáveis, a atenção ainda é dada… Mas, e o restante? Onde está a reformulação das alimentadoras dos terminais Campo Grande e Ouro Verde? Dia desses baixou até Guarda Municipal para acompanhar carro da 206 porque os horários não estão sendo cumpridos e, a mudança para o atendimento à UPA do Campo Grande (aliás, alteração mais esfarrapada) deixou a linha ainda pior.

      COLCHA DE RETALHOS
      Apesar das propagandas da prefeitura acerca do número de vias recapeadas ou inicialmente asfaltadas, ainda há muitas que parecem verdadeiras colchas de retalhos. Uma delas é a Barbosa de Barros, que liga a Avenida Barão de Itapura até a antiga via da Mogiana, no Bonfim. Desde que a rua recebeu a primeira massa asfáltica por cima dos antigos paralelepípedos, nunca houve um recape, apenas tapa-buracos bem sem vergonha. Resultado: trepidação pior que na época dos paralelepípedos.

      BATATA QUENTE
      Os pré-candidatos a vereador continuam protagonizando uma série de horrores nas redes sociais. As papagaiadas são as piores possíveis, brincando com a inteligência do eleitor. Um deles se acha o “heroi” da cidade e vive falando dos defeitos da periferia, mas todo mundo sabe que ele é da classe média alta, querendo mais uma boquinha na Câmara.

      DIREITA-ESQUERDA
      Também está bastante bizarra essa guerra entre direita e esquerda na política campineira. Alguns se auto nomeiam líderes da direita, mesmo com um passado bem diferente do que apregoa tal agremiação, e do outro lado a esquerda com seus figurões típicos de sempre, no pobre debate infantil de outrora. Escolher alguém de centro também está difícil, pois cada um quer tirar um rabicho de um dos lados, mesmo que sejam ruins. Tudo em nome do voto.

      NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS
      Já começaram a circular os videozinhos sobre a tarifa zero em Campinas. Uma das comparações mais esdrúxulas foi com a cidade de São Caetano do Sul, que tem tarifa zero no transporte público. Só que Campinas tem mais de 1,1 milhão de habitantes e cerca de mil ônibus circulando, incluindo articulados e biarticulados, que são mais caros de manter e necessários pois transportam passageiros para bairros mais distantes. Já São Caetano do Sul tem pouco mais de 160 mil habitantes, e cerca de 62 ônibus, todos convencionais, alguns até menores já que a cidade é bem, mas BEEEEEM menor do que Campinas. É brincadeira de mau gosto com o eleitorado.

      escrito por

      Gilberto Beaumont