O transporte coletivo em Campinas tem muitas histórias para serem contadas até por conta do rápido crescimento da cidade. Os meios de deslocamento não mudaram muito ao menos nos últimos 60 anos, mas houve uma melhora substancial.
A região do Ouro Verde em Campinas, que faz divisa com a cidade de Indaiatuba, era até há não muito tempo atrás campos cheios de sítios, fazendas e chácaras.
Também era uma região conhecida por ter muitas cerâmicas, algumas delas em atividade até hoje mesmo espremidas entre as casas. A ligação com essas cerâmicas e fazendas era exclusivamente por vias de terra.
As trilhas de terra cortavam as propriedades que faziam limite com a Rodovia Santos Dumont, pequena estrada muito pouco usada e que levava os viajantes até a cidade de Sorocaba.
No final dos anos 50 a região do Ouro Verde recebeu seu primeiro grande empreendimento: o Aeroporto Internacional de Viracopos. Inaugurado em 19 de Outubro de 1960, a sua ligação com Campinas era feita exclusivamente pela Santos Dumont.
Em localização privilegiada, com poucas incidências de neblina e condições climáticas altamente favoráveis, Viracopos abriu as portas para receber diversos voos, mas a história mudou seu rumo.
Com o baixo movimento de Viracopos, a Rodovia Santos Dumont não conseguiu deslanchar e ficou com pouco movimento. Até a ferrovia que circundava a antiga fábrica da Singer, nas proximidades da via, tinha mais movimento.
Os trabalhadores da firma iam até ela nos carros de passageiros. Somente depois que foram implantadas linhas de ônibus fretados para transportar os funcionários.
A habitação da região do Ouro Verde começou de forma mais efetiva apenas nos anos 60, com a chegada dos primeiros bairros. Até então, o mais perto que os ônibus urbanos chegavam era até o Jardim Campos Elíseos, e depois até o Jardim Santa Lúcia.
No próximo capítulo, vamos contar sobre as formações dos primeiros bairros da região do Ouro Verde.
Da Redação ODC.
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