No ano de 1983 a prefeitura de Campinas refez todo o processo de permissão das linhas do transporte coletivo urbano de Campinas, e em definitivo houve a implantação do sistema de prefixos nas linhas, o que aconteceu no ano seguinte.
Quem morava mais para frente, tinha que descer a pé até a avenida mais próxima para conseguir pegar um ônibus, ou então caminhar até a Rodovia Santos Dumont para usar as linhas da região do Jardim Campo Belo.
Com as novas linhas que começaram a operar em 1982, o atendimento à região dos DICs estava garantido. O sistema de prefixação deixou as linhas mais organizadas.
Vários bairros da região dos DICs também receberam linhas de atendimento exclusivo, com operação feita pela Viação Campos Elíseos, em um consórcio formado com a Viação Bonavita de Transportes Urbanos.
As duas empresas já operavam linhas na região, mas precisaram formar um consórcio para que pudessem continuar com as mesmas operações, porém dentro da área de operação exclusiva número 5.
A organização das linhas da região do Ouro Verde foi feita dentro do contexto da área de operação exclusiva número 5. Por isso a VBTU teve que entrar em conjunto, mesmo operando trajetos diferentes.
A prefeitura precisou criar essas áreas operacionais para que cada empresa tivesse o seu reduto de trabalho, acabando com as confusões que aconteciam no passado.
Até então, a única permissionária oficial da cidade era a CCTC, e as demais operavam em regime de “tolerância”, ou seja, cada uma tinha um punhado de linhas que a oficial não queria operar.
Porém, com a chegada do público em alguns itinerários, a CCTC fazia valer o seu direito uníssono de operação, ou seja, ela simplesmente “tomava” a linha da empresa operadora e colocava seus carros.
Dois itinerários da região afetados por isso foram a do Jardim Santa Lúcia até Cerâmica Mingone, e a linha do Jardim Novo Campos Elíseos, também tomada pela CCTC. Com a reorganização, cada um ficou na sua área, sem risco de invasão.
No próximo capítulo, veja a relação das linhas do Ouro Verde em 1983.