História dos Transportes em Campinas | A região do Ouro Verde (Capítulo 24)

O ano de 1985 foi de muito trabalho para as empreiteiras contratadas pela Prefeitura de Campinas para a construção dos corredores do Projeto Trólebus e seus terminais.

O Projeto Trólebus fazia parte do plano de integração do transporte urbano da cidade, com a construção de terminais integrados em várias partes de Campinas. O primeiro a ser inaugurado foi o de Barão Geraldo.

Os terminais do plano de integração eram simples, com infraestrutura básica mas com boa proteção tanto para os operadores quanto para os passageiros que iam transitar por eles.

A construção do Terminal Central foi bastante polêmica pois destruiu uma das praças mais belas da cidade, mesmo estando em estado completo de degradação e abandono.

A Praça Lago dos Cisnes, localizada no centro do Viaduto Cury, precisou ser demolida por completo para receber o que seria o maior terminal de ônibus urbano da cidade.

Como o local era o ponto final/inicial do Corredor Trólebus, não havia outro lugar que não fosse aquele para a construção do terminal, mesmo não sendo de integração.

Ao longo do ano de 1985 as obras andaram em grande velocidade no entorno do Viaduto Cury, para o levantamento da estrutura do telhado, a construção das plataformas e dos equipamentos de fiscalização e controle.

Antes da inauguração, foram feitas algumas fotos no local e o painel para informações das plataformas estava com a inscrição Terminal Cury, ou seja, o nome foi alterado de última hora.

No dia da abertura para a população e para as linhas de ônibus, tudo ja estava identificado como Terminal Central, nome que é mantido até hoje, até que um vereador desocupado queira mudar para homenagear algum parente.

As linhas de ônibus que ficavam espalhadas pelo Centro foram todas remanejadas para o novo terminal, deixando os espaços livres para novas reformas e remodelações.

Com a inauguração do Terminal Central, o Terminal 4 Convívio foi automaticamente extinto e demolido algum tempo depois para o avanço das obras de reforma completa do espaço público.

A previsão é de que o Terminal 2 Moraes Salles também fosse extinto, já que se tratava de um espaço temporário até a inauguração do Terminal Central, mas ele foi mantido ainda por pelo menos mais duas décadas.

No próximo capítulo veja como foi a inauguração do Terminal Central de Campinas.

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