História dos Transportes em Campinas | A região do Ouro Verde (Capítulo 34)

Nos anos subsequentes à concessão, o sistema de transporte na região do Ouro Verde teve poucas mudanças, porém muitas melhorias. A frota era renovada constantemente, com grandes lotes sendo comprados até 2015.

Em 2007 a VB entregou 40 novos ônibus articulados em cerimônias realizadas próximas ao Terminal Ouro Verde. Foram 30 coletivos com motorização Mercedes-Benz e 10 com chassis Volvo.

Isso fez com que a empresa tivesse uma renovação ímpar em sua frota. Mais tarde, outros coletivos foram sendo comprados de forma gradual para continuar a renovação.

Quando o sistema de transporte passou para o nome InterCamp, os perueiros se organizaram em cooperativas. Na região do Ouro Verde a cooperativa criada foi a Cooperatas, que ainda permanece operante.

As linhas operadas pela Onicamp no Terminal Ouro Verde foram transferidas para a VB Transportes em 2007, depois da empresa quase ter sucumbido. Assim “nasceram” as linhas 1.96 e 1.98, em direção ao Aeroporto de Viracopos.

Assim, a VB continuou soberana no Ouro Verde, tendo apenas uma linha da Itajaí (2.05) e uma da Campibus (2.39) operantes no local. O número de passageiros voltava a crescer.

Em 2014 a VB Transportes lançou um programa de otimização de sua operação, com a colocação de mais ônibus articulados nas ruas em substituição à veículos convencionais, que eram menores.

Por isso, entre 2013 e 2015 a VB recebeu um lote de 70 novos ônibus articulados. Nessa leva chegaram 29 ônibus com carroceria Caio Induscar Millennium III, 41 Caio Induscar Millennium BRT e 10 Marcopolo Viale BRS.

Desses 80 veículos, 76 continuam em operação distribuídos em várias linhas. Os BRTs foram maciçamente para o sistema BRT Campinas, parcialmente em operação no momento.

A frota de ônibus da VB Transportes passava dos 300 coletivos, um dos maiores índices da história, com o aumento constante da demanda. O recorde foi batido em 2016, com mais de 16 milhões de passageiros transportados mensalmente em todo o sistema.

Nesse meio tempo alguns percalços apareceram como paralisações e greves, problemas de ordem técnica e operacional e adaptações de itinerários às novas demandas da região.

No período, a maior greve aconteceu em 2010, com três dias de duração, mas sem adesão maciça do setor. Com o reajuste concedido no salário dos profissionais, tudo voltou ao normal.

As coisas mudaram radicalmente depois de 2020, com a pandemia do novo coronavirus. Isso é o que será mostrado no próximo e último capítulo.

Da Redação ODC.
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