Entramos nos anos 70 do século passado e os bairros começaram a se formar na região do Ouro Verde. Com o avanço da urbanização, as fazendas cederam o tempo e espaço para os novos bairros.
Esse foi um fato curioso pois mesmo sendo um trecho em terra, a CCTC fez questão de assumir o itinerário por conta do grande número de passageiros, ou seja, pegou pelo lucro e não pela necessidade de atendimento.
A Campos Elíseos continuou operando a linha que ia até a Cerâmica Mingone e até ao Centro Comunitário do Jardim Santa Lúcia, posteriormente denominado PLIMEC (Plano de Integração do Menor na Comunidade).
Assim que os bairros foram aparecendo, as linhas de ônibus foram sendo criadas, porém com poucos horários. O objetivo ainda era apenas fazer os deslocamentos pela manhã, para levar os trabalhadores ao Centro, e à tarde, na volta para casa.
Alguns bairros como Jardim Ouro Verde e Residencial Mauro Marcondes já foram ganhando linhas da Viação Campos Elíseos. Tudo ainda em leito natural, sem uma ponta de asfalto.
As ligações eram feitas diretamente pela Avenida das Amoreiras, Rua Piracicaba e Estrada do Santa Lúcia. Na época a Rua Piracicaba ainda era uma via simples e comum, sem duplicação.
Ainda durante os anos 70 vários residenciais populares começaram a ser construídos e novas linhas continuaram a serem criadas para os atendimentos. Na parte “de baixo” da região, nasceram o Parque Universiário, Jardim Recanto do Sol e Jardim Shangai.
Algumas das habitações dessas regiões foram regularizadas apenas anos depois, porém a infraestrutura foi sendo instalada ao longo do tempo, incluindo o transporte público.
Já para cima foi criada a linha do Jardim Aeroporto, que era a de maior demanda da Viação Campos Elíseos na região e que tinha os ônibus maiores e mais espaçosos.
Foi a linha do Jardim Aeroporto que recebeu os primeiros veículos de modelo CAIO Padron Amélia com chassis Volvo B58 na estética do então Projeto Padron, estabelecido no final da década de 70.
Ao longo da década de 70 a prefeitura de Campinas iniciou um plano massivo de habitação na região, com a criação de vários residenciais populares hoje conhecidos como DICs.
No próximo capítulo, vamos falar sobre o nascimento dos DICs.
Da Redação ODC.
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