Há 365 dias, um novo prazo para o BRT de Campinas estar 100% operando e funcionando foi dado. E, mais uma vez, a cidade se vê em um mar de atrasos, desculpas esfarrapadas e um legado político deplorável e que se encaixa numa das piores gestões da história do transporte coletivo.
Segundo, que criou problemas para a própria cabeça, quando Barreiro começou a sair multando todo mundo que via pela frente, em uma clara demonstração de que o poder subiu à cabeça. Não à toa, o número de denúncias de assédio moral na Emdec bateu recordes inimagináveis.
A obra do BRT foi licitada, iniciada… A pandemia chegou em 2020, as culpas caíram todas em cima do coronavírus, e as obras começaram a atrasar. A promessa era que a obra estaria totalmente completa no começo de 2020. Mas, ficou para o primeiro semestre de 2021.
A “inauguração” do BRT incompleto durante a pandemia jogou ainda mais cal numa gestão que se mostrou um belo fracasso.
Chegou Dário Saadi, e, quando todos achávamos que estaríamos livres, eis a surpresa: para manter o acordo com o PSDB, transfere Barreiro para a secretaria de Infraestrutura, e ainda muda o BRT para continuar na gestão dele.
Os atrasos se tornaram ainda mais frequentes, e o abandono da obra do Ouro Verde por uma construtora que foi expulsa de Sorocaba pelo mesmo motivo levaram ao ponto inacreditável: a aplicação de multa, como previa o contato, mas depois um perdão! A credibilidade de Campinas, que já não era boa nesse sentido, apenas piorou.
Uma observação: a decisão de manter o BRT na Infraestrutura acabou por ser acertada, apenas para mostrar a incompetência (proposital ou não).
A troca de gestão na secretaria de Transportes e Emdec para atender aos interesses do União Brasil fez com que o BRT fosse colocado para rodar, ainda que “meia-boca”. Mas, antes “meia-boca” do que “boca vazia”. E, nesse caso, há alguma razão.
Agora, a previsão é que as obras sejam concluídas no ano que vem, quando Campinas completa 250 anos. Só que, enquanto o impasse com o Shopping Parque das Bandeiras continua, é difícil saber se a obra será 100% entregue mesmo.
Enquanto isso, o secretário segue. Feliz e contente. E rindo da nossa cara.