O BRT já deveria estar pronto há mais de 300 dias, e até agora apenas operações parciais, o abandono da obra do Ouro Verde, e muito dinheiro jogado no lixo. Se formos contar a realidade, a obra está mais de 1 mil dias atrasada, porque o prazo de entrega original era no segundo semestre de 2019.

O ODC “retomou” a contagem após o outro prazo dado pelo secretário de Infraestrutura Carlos José Barreiro vencer novamente, em 30 de junho do ano passado.

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Barreiro está no governo desde a época de Jonas Donizette, em uma espécie de cota do PSDB, que é um partido conhecido por nunca terminar as obras que começa (vide o Rodoanel, em São Paulo).

Quando Dário Saadi assumiu e todos achavámos que íamos nos livrar do “parador de obras”, eis a surpresa: ele foi nomeado secretário de Infraestrutura, e o BRT, que antes era da Emdec, passou para a pasta recém-assumida.

Antes de sair, aliás, Jonas fez uma “grande inauguração” do BRT, que estava absolutamente incompleto. Anos depois, a Câmara aprovou uma lei que proíbe prefeitos de inaugurar obras pela metade.

As desculpas para o atraso são várias, desde sempre. O BRT está, segundo a prefeitura, mais de 90% finalizado. A região do Ouro Verde é a mais atrasada, porque a construtora faliu (mas, antes, foi chutada de Sorocaba, que percebeu a fria a tempo). Em 2021, chegou a ser multada.

Mas, Barreiro, como bom santo que é, ‘perdoou’ a dívida quando a construtora começou a mexer no mato do Terminal Ouro Verde. Só que, como previsto, acabou abandonando tudo de novo.

O corredor virou uma piada de mal gosto. Na Rua Piracicaba, onde deveria haver desapropriação, as placas foram viradas.

Ainda é difícil de acreditar que a obra será concluída. Mas, como sempre, vamos tentar ser otimistas. Porém, não cegos.