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      Motocicletas: é possível colocar pneu de carros na roda traseira das motos?

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      A customização do veículo é algo que caiu no gosto do público brasileiro e com as motocicletas não poderia ser diferente. Desde bandeirinhas até malas de couro, a maioria dessas modificações não altera a estrutura da moto.

      Mas especialistas da Continental, fabricante de pneus de tecnologia alemã, alerta para uma modificação que pode ser prejudicial: o uso do pneu de carro. Em geral ele é substituído em modelos com tamanhos diferentes de roda dianteira e traseira, do tipo custom, como Honda ShadowYamaha ViragoKasinski Mirage Harley-Davidson Fat Boy.

      As justificativas para essa troca são, em geral, por motivos de preço e desempenho. Na hora de dirigir, o piloto não sente grandes alterações com o pneu do carro, que chega a ser até três vezes mais barato. Além disso, ele acaba tendo uma durabilidade maior do que um pneu específico para custom.

      Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental, explica as diferenças técnicas entre os produtos. “Pneus de motos são geralmente diagonais, com coroa arredondada e normalmente possuem mais de um composto de borracha em sua banda, o que permite níveis diferentes de aderência em retas, curvas e curvas fechadas”, afirma ela.

      E continua: “já pneus de passeio em sua grande maioria são radiais, possuem coroas planas e são normalmente construídos com apenas um composto de borracha em sua banda de rodagem. Suas laterais já são bastante maleáveis quando comparados aos pneus de duas rodas”, ensina.

      Ainda segundo a especialista, o uso de um pneu diferente das especificações técnicas adequadas pode gerar um desgaste irregular do aro de montagem e de partes específicas do pneu, além de afetar até o consumo da motocicleta.

      E o barato pode acabar saindo mais caro, tendo em vista que uso inadequado pode gerar um desgaste precoce no pneu. Motocicletas que levam pneus tubeless, em que não é preciso de câmara de ar e a borracha vai direto no aro, podem gerar calor excessivo e estragar a borracha mais rapidamente.

      “Muitos os adeptos dessa prática perigosa acreditam que a recomendação de um modelo específico de pneu é apenas de uma questão comercial, o que não é verdade. Mas se ainda for necessário fornecer mais algum argumento, há um risco real de uma seguradora recusar a cobertura de um sinistro caso a motocicleta tenha uma alteração deste tipo”, conclui Astolfi.

      Da Redação ODC.
      Fonte: Repórter Beto Ribeiro
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