O auge da qualidade do transporte em Campinas foi há muitos anos. Entre 1990 e 1993 o transporte coletivo urbano em Campinas viveu o seu melhor momento, tanto de frota quanto de operação.

Na época, o transporte campineiro tinha frota de ônibus urbano com média de 2 anos de idade, ou seja, praticamente toda a frota foi renovada com auxílio de parcerias da prefeitura.

Além disso a cidade contava com uma rede de transporte bastante inteligente e eficiente, com o sistema tronco-alimentador nos bairros e distritos mais distantes, linhas radiais nos bairros mais próximos e as linhas diametrais para ligar regiões diferentes.

Nos sistemas tronco-alimentadores haviam as linhas expressas, hoje extintas na cidade. Era possível ir do Centro para Barão Geraldo, Ouro Verde, Campo Grande e Unicamp com linhas diretas, que só paravam nos pontos iniciais e finais.

Hoje, graças a vereadores que não andam de ônibus, essas linhas foram extintas pois criaram-se um monte de linhas radiais sem o menor nexo a pedido desses políticos, muitos deles nem foram mais eleitos.

A licitação do transporte em Campinas, mais enrolada que corda de caminhão, era a oportunidade para corrigir essas distorções, mas infelizmente isso não irá acontecer. O transporte vai continuar ruim e com rotas obsoletas.

Pelo jeito, Campinas nunca mais terá um novo tempo áureo e um transporte urbano de qualidade.

José Gaveta – Da Redação ODC.
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