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      Olhar da Janela: BRT10 parece linha abandonada

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      Observar alguns minutos de operação da linha BRT10 é entrar em desespero. Parece que a linha, que deveria ser a principal ligação do Terminal Ouro Verde ao Centro, é apenas “mais uma qualquer”.

      O ODC, diferentemente de muitos técnicos e diretores da Emdec, observou a movimentação no Terminal Ouro Verde durante vários dias, em vários horários diferentes.

      O que mais chamou a atenção foi a saída de um 121 com lotação de banco, enquanto a BRT10 tinha lotação de moscas. De que adianta um carro parado atrás do outro se demora muito tempo para sair? O intervalo no entrepico, de 24 minutos, parece excessivo, mesmo levando em conta as obras da Avenida Ruy Rodrigues, que deixam o trânsito travado em vários momentos do dia. O motorista chega e vai tranquilamente ao banheiro e beber água, e ainda fica vários minutos esperando até dar o próximo horário.

      Talvez isso seja uma intenção de mostrar para a população o ônibus laranja que não é o Corujão. Mas, acaba por passar o efeito contrário: é uma linha que demora para sair, apesar da viagem ser rápida.

      O fato de não ter nenhuma parada entre o Ouro Verde e o Santa Lúcia faz com que minutos importantes na viagem sejam economizados. O caminho entre o Santa Lúcia e a Estação Vila Rica, primeiro ponto de parada “oficial” à esquerda, também é rápida. O Terminal Campos Elíseos parece nem fazer falta. E provavelmente não vá fazer mesmo.

      Mas, nem tudo é crítica. E aqui o elogio vai aos motoristas da VB escalados para fazer o BRT, todos muito experientes. A parada na estação é rápida e precisa, sem aquela enrolação que acontece no Corredor Campo Grande. As portas da estação abrem rapidamente, também uma diferença importante.

      Só que… quase ninguém embarca ou desembarca. Em uma das viagens, no entrepico da tarde, apenas seis pessoas entraram no ônibus, na Estação São Bernardo. E só. A viagem demorou 31 minutos (1 só para conseguir manobrar no Terminal Central), um tempo muito aceitável e que ainda está dentro do previsto pela Emdec. Isso até as próximas estações ficarem prontas.

      Apesar da péssima construção dos corredores, que mais parecem pula-pulas de festas infantis, e a condição questionável da operação, o BRT é mais rápido, sim.

      Porém, a Emdec precisa acreditar nisso. Hoje, a impressão que passa é que todos olham desconfiados para o sistema (não sem razão, é bom que se diga). Mas, podiam pelo menos fingir bom costume para que o passageiro possa se sentir um pouco mais confiante.