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      Ansiedade e intestino: entenda como o transtorno pode afetar o funcionamento do órgão

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      Quando o assunto é a ansiedade, é comum que as pessoas associem o transtorno ao coração acelerado, crises de pânico e até com a dificuldade para respirar.

      Contudo, além desses sintomas, a condição pode afetar diretamente o funcionamento do sistema digestivo, criando dores abdominais, estufamento, queimação, má digestão e alterações do hábito intestinal, como diarreia e constipação.

      Casos mais graves ainda podem resultar em perda de peso e sangramento.

      A cirurgiã e coloproctologista Dra. Larissa Berbert alerta que é preciso atenção a diversos aspectos que podem desencadear o problema.

      “O estresse e a ansiedade são respostas exacerbadas a mudanças, que pode ser a época de provas de vestibular, o final de semestre, o fechamento do ano ou o pagamento de um maior número de contas, por exemplo.”

      A especialista explica que existe um complexo sistema de comunicação entre o intestino e o cérebro que são ligados pelo sistemas endócrino, imune, nervoso entérico e autônomo e das diferentes moléculas provenientes do metabolismo da microbiota intestinal (flora).

      Um sistema que, de forma geral, pode ser chamado de eixo intestino-cérebro e é o responsável por regular essa interação.

      “Também vale chamar atenção para o fato dessa comunicação ser bidirecional, ou seja, situações de estresse interferem no intestino por meio de alterações na mobilidade gastrointestinal, enquanto a microbiota alterada (em consequência de hábitos de vida não saudáveis como sedentarismo, dieta ruim, privação de sono, tabagismo, uso de antibiótico etc.) aumenta o risco de desenvolver ansiedade e depressão”, diz Larissa.

      Diagnóstico e formas de evitar o problema

      ​Caso não tratado de maneira adequada um quadro de ansiedade pode ter consequências a curto e longo prazo no trato gastrointestinal, com o desenvolvimento ou piora dos sintomas de outras doenças, como a síndrome do intestino irritável, doenças inflamatórias intestinais (Crohn ou retocolite ulcerativa), gastrite, doença do refluxo gastrointestinal e até mesmo alergias alimentares.

      ​“Entre as formas mais eficientes de evitar que esses quadros aconteçam, estão as mudanças comportamentais que diminuem os níveis de estresse e mudam o padrão de microbiota para melhor, como a prática de exercícios físicos regulares, manter o sono em dia, não fumar, melhorar a dieta alimentar e até mesmo a procura de psicológicos ou psiquiátricas que possam auxiliar no tratamento”, orienta Larissa.

      ​Vale lembrar que o estresse é apenas um dos fatores associados ao desenvolvimento dessas condições, portanto é imprescindível procurar ajuda médica ao aparecimento de quaisquer sintomas que sinalizem crises de ansiedade ou alterações gastrointestinais.

      “De maneira que o tratamento seja administrado de acordo com as reais necessidades de cada paciente, desde mudanças alimentares até a ingestão de medicamentos.”