O Dia Nacional da Mamografia, celebrado neste sábado (5), tem o objetivo de reforçar a importância do exame responsável pelo diagnóstico precoce do câncer de mama.

De acordo com a ginecologista Renata Reigota, a mamografia de rotina é capaz de reduzir em 40% a mortalidade de mulheres assintomáticas, ou seja, que recebem o diagnóstico da doença sem que tenham apresentado qualquer manifestação clínica.

De acordo com a especialista, o diagnóstico precoce do câncer de mama permite um tratamento menos invasivo e com melhores chances de sucesso.

“Isso toma uma proporção ainda maior e comprova o papel fundamental da mamografia quando levamos em consideração que o câncer de mama é o segundo mais frequente no Brasil, atrás dos tumores de pele”, explica.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que todas as mulheres com mais de 40 anos realizem anualmente a mamografia. Para aquelas com risco elevado de câncer de mama, existe a indicação de começar o acompanhamento mais cedo.

Mamografia ou Ultrassom

Renata explica que a mamografia consegue identificar algumas lesões que o ultrassom da mama não consegue. Portanto, a mamografia e o ultrassom são métodos de imagem complementares.

“A mamografia tende a ser pouco efetiva, por exemplo, no caso de mamas densas, em que a quantidade de gordura é inferior a quantidade de tecido glandular. Nessa situação, por exemplo, o ultrassom é bastante útil como forma de complementar a avaliação”, afirma.

Vale ressaltar que nem todas as lesões que a mamografia detecta são cancerígenas, ou seja, correspondem ao câncer de mama.

“É exatamente por isso que o papel do mastologista é fundamental para a avaliação do exame e orientação adequada da paciente”, diz.

Autoexame

A ginecologista orienta que, além do acompanhamento ginecológico anual, as mulheres também façam o autoexame em casa.

“O ideal é que a mulher conheça o próprio corpo de forma que consiga identificar lesões e mudanças nos mamilos, procurando assim ajuda de um especialista”, explica.

Dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) mostram que a quantidade de mamografias feitas no país caiu 46,4% no começo da pandemia, em 2020.

O Dia Nacional da Mamografia torna-se ainda mais relevante neste período, pois conscientiza as mulheres da importância de colocar em dia o acompanhamento ginecológico e a realização periódica dos exames.