Com clima mais quente e maior exposição ao sol, o verão é uma estação do ano com aspectos característicos e que merecem maior atenção, a fim de evitar o surgimento de diversas doenças de pele.

Segundo a dermatologista Sandra Tagliolatto, os casos mais comuns correspondem a micoses, como a pitiríase versicolor, queimaduras solares, bicho geográfico e piora do melasma e da acne.

A especialista explica que cada situação possui grupos de riscos e sintomas diferentes.

“A pitiríase atinge pessoas com a pele mais oleosa e causa manchas brancas, róseas ou acastanhadas no tronco, enquanto outras micoses são mais propensas em pacientes obesos, diabéticos e crianças, provocando descamação, coceiras entre os dedos ou lateral dos pés e até mesmo na virilha.”

Já o bicho geográfico é uma dermatite linear causada por parasitas e mais frequente em crianças, com sinais de “bolinhas” vermelhas, coceira e trajeto vermelho e em alto relevo na pele.

“Tudo começa quando um animal, geralmente gatos ou cachorros de rua, defecam na areia, depositando um verme que, embora comum aos animais, não deve entrar em contato com o ser humano justamente por causar essas irritações”, diz a dermatologista.

Melasma e insolações

​Tagliolatto alerta ainda que a maior exposição ao sol é diretamente responsável pelo aparecimento do melasma, geralmente causado por três tipos de radiações solares: a ultravioleta A e B, também comumente responsáveis pelo câncer de pele; a radiação infravermelha; e as luzes visíveis.

​“A insolação também é um problema que merece atenção, mas diferente do melasma, causado pela exposição crônica ao sol, esse quadro ocorre quando há uma exposição aguda, não resultando apenas consequências na pele, mas no organismo em geral, como desidratação, dores de cabeça e alterações gastrointestinais”, explica a especialista

Principais cuidados

Diante desse cenário, existem diversas precauções que podem ser tomadas a fim de evitar tanto as doenças de pele causadas durante o verão, quanto as consequências mais extremas que podem resultar desses problemas caso não sejam tratados adequadamente.

Entre os principais cuidados estão o uso do protetor solar e clareadores (que não contenham ácido em sua composição), sempre optar pelas sombras e inclusive, a utilização de chapéus.

“Em passeios a praia, evitar sentar na areia, levar animais de estimação e nunca usar roupas úmidas por muito tempo. E, principalmente, nunca se automedicar, independentemente de como esteja a situação do problema. Dessa forma, a recomendação é sempre consultar um dermatologista ao menor sinal de qualquer doença que afete a boa saúde da pele”, orienta Tagliolatto.