Especial Transporte em Campinas 9 | Os problemas operacionais das linhas da cidade

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Hoje vamos dar uma pausa nas matérias sobre os atrasos nas obras do BRT para expor os problemas operacionais no transporte coletivo urbano de Campinas, que fica a cargo da Emdec. Os problemas são tantos que não vão caber nesta matéria.

É fato que o sistema de transporte de Campinas está extremamente defasado. Linhas sobrepostas, ineficientes, operacionalmente caras e rotas esdrúxulas fazem com que o passageiro migre cada vez mais para outros modais mais eficientes, mesmo que mais caros.

Um grande exemplo disso são as quarentenárias linhas diametrais. Criadas para ligar dois bairros distantes passando pelo Centro, ela teve o objetivo de reduzir o custo operacional no início dos anos 80. O problema é que essas linhas hoje são muito caras de serem operadas e já não atendem mais os anseios do usuário do sistema.

Linhas como Castelo/Proença, Esmeraldina/Lafayette e São José/São Marcos têm um alto custo para as empresas e não são eficientes já que se as linhas fossem ao menos até o Centro, poderiam ser mais rápidas em ambos os sentidos. Hoje essas linhas levam um tempo enorme para fazer o trajeto completo.

A Emdec defende esse tipo de linha tanto que criou novos trajetos juntando até três linhas em uma só, reduzindo o número de ônibus nas ruas mas deixando as linhas enormes. Ainda não se sabe se essas linhas vão ser mantidas ou alteradas no novo edital do transporte que deve sair em março, mas ficaremos de olho. O importante é que as linhas fiquem boas para os usuários do sistema, e não para a Emdec, cujos funcionários do alto escalão sequer andam de ônibus.

Nos próximos dias vamos apresentar algumas dessas linhas enormes que são custosas e ineficientes e sugestões de como o atendimento poderia ser melhor para todos.

Da Redação ODC.