A enquete realizada pelo ODC nesta semana foi uma das poucas com maior votação e maior índice de rejeição até agora. Nós perguntamos o que você acha do horário de férias, que está em vigor durante o período de recesso escolar.

A medida é adotada há vários anos, mas a cada vez gera mais críticas por parte da população, já que, apesar dos horários reduzidos, a superlotação está cada vez maior. E, este ano, um agravante: os horários começaram antes do período de recesso escolar da prefeitura de Campinas — apesar da cidade ter transporte escolar feito por outras empresas.

Na enquete, 95,45% dos leitores do ODC que quiseram votar escolheram a opção “não” para a pergunta “Você concorda com os horários de férias do transporte coletivo?”.

Apenas 4,55% dos leitores concordam com a colocação dos horários ‘especiais’. Ninguém escolheu a opção “não sei”.

OPINIÃO

O resultado apenas mostra que a ideia dos horários de férias servem mais para agradar às empresas do que realmente para melhorar o transporte. A redução de 5% a 10% da frota em circulação em julho é algo que se mostra um tiro no pé, já que os veículos continuam lotados.

Nos primeiros dias, três mudanças tiveram que ser feitas: nas linhas 330 (que voltou para a tabela normal), 121 e 130, que tiveram alterações no tempo de ciclo se baseando numa suposta redução da quantidade de carros nas ruas. Essa mudança se revelou um fracasso. As duas linhas estavam rodando com atrasos enormes — a 121, por exemplo, chegou a rodar com atrasos de 45 minutos, segundo apurou o ODC.

Os horários de férias também são adotados em dezembro e janeiro. No final do ano, não há muito sentido, já que geralmente o comércio faz horários alternativos e até horários tem que ser colocados para atender shoppings e outros pontos de interesse. Em janeiro, de fato, há uma circulação menor de carros e de pessoas.

Mas, ainda assim, essas reduções tem que ser estudadas com calma. Não apenas pegar uma tabela antiga e colocar, ou supor com base em números ultrapassados.