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      Março Lilás: mês de conscientização e combate ao câncer de colo de útero

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      ​O câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre mulheres (atrás somente do câncer de mama e colorretal) e a quarta causa de morte pela doença entre esse grupo no Brasil.

      Diante desse cenário foi criado o Março Lilás, um período do ano destinado a conscientizar a população sobre os principais sinais da neoplasia, além de informar sobre as melhores formas de prevenção e tratamento.

      ​Segundo a ginecologista Renata Reigota, o câncer de colo uterino (também chamado de câncer cervical) é uma doença relacionada à infecção persistente por alguns subtipos do Papiloma Vírus Humano (HPV).

      “Trata-se de uma condição que pode se mostrar assintomática. Logo, as avaliações de rotina por um ginecologista e a coleta periódica do exame de colpocitologia oncótica (papanicolau) são essenciais para uma detecção precoce de alterações celulares, que possam ser tratadas antes mesmo de evoluir para o câncer”, explica.

      ​A realização periódica do papanicolau é recomendada a todas as mulheres entre 25 e 64 anos de idade, uma vez que o diagnóstico precoce do câncer de colo uterino pode oferecer chance de cura de 100% em grande parte dos casos.

      O Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda que o exame seja realizado anualmente e, na presença de dois exames consecutivos normais, é possível passar a realizar o exame a cada 3 anos.

      ​Lembrando que quando a doença se encontrar em estágios mais avançados, alguns sintomas podem se apresentar, como sangramento vaginal irregular e intermitente, dor na região pélvica, secreção vaginal e sangramento vaginal após relações sexuais.

      “Alguns dos fatores de risco mais relacionados ao câncer de colo uterino são o tabagismo, o início precoce da vida sexual e o número elevado de parceiros sexuais ao longo da vida”, afirma.

      Prevenção e tratamento

      ​Dessa forma, a especialista alerta que a principal forma de prevenção do problema é a redução do contágio pelo HPV, transmitido por via sexual e através de contato com pele e mucosa infectados.

      “Portanto, o uso de preservativos durante as relações sexuais é fundamental para a redução do risco de contágio pelo vírus.”

      ​Outra maneira de se evitar a doença é a administração da vacina tetravalente contra HPV em meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos.

      O imunizante confere proteção contra HPV dos tipos 6, 11, 16 e 18, sendo os dois primeiros tipos mais associados a manifestações clínicas benignas da infecção (verrugas genitais), enquanto os dois últimos subtipos encontram-se associados a cerca de 70% dos casos de câncer cervical.

      ​“A vacinação também é recomendada para mulheres até 45 anos quando há fatores de imunossupressão presentes, como no caso daquelas previamente submetidas a transplantes, que sejam portadoras de HIV/AIDS, ou com diagnóstico de outros tipos de câncer”, comenta a ginecologista.

      ​Uma vez detectada a presença do câncer de colo uterino, o tratamento ainda irá depender de fatores como idade e condições clínicas da paciente.

      Outros aspectos, como o estadiamento (que é representado pelo grau de extensão da doença), também devem ser observados, pois são pontos que interferem diretamente no tipo e duração do tratamento.