Entre a cartela de cores que são utilizadas para dar visibilidade a ações de conscientização que são realizadas ao longo de todo o ano, o amarelo empresta sua tonalidade ao mês de setembro desde 2015, quando foi criada a campanha brasileira de prevenção ao suicídio, promovida pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) com o CFM (Conselho Federal de Medicina), em referência ao dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Para Damaris Hoffman, fundadora e diretora da Hoffman & Obrian – empresa de assessoria de imprensa, marketing para artistas e publicidade musical -, toda a sociedade deve apoiar causas como o Setembro Amarelo, que este ano traz o mote “A vida é a melhor escolha”.
Segundo ela, atenta a esta causa, a School Of Rock – rede internacional de franquias de escolas de música -. defende que a música pode auxiliar no combate a problemas relacionados à saúde mental, tais como depressão e a prevenção ao suicídio.
Com efeito, pesquisadores da Queens University Belfast, na Irlanda do Norte, descobriram que a terapia com música reduz a depressão em crianças e adolescentes, conforme fala da médica psiquiatra Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, em entrevista publicada pelo Diário do Grande ABC.
Música pode ser chave para prevenção da depressão e do suicídio
Para Hoffman, a Campanha Setembro Amarelo traz à tona a reflexão sobre a importância da música para o bem-estar das pessoas. Ela afirma que a educação musical pode ser uma experiência transformadora.
“Além dos benefícios que o aprendizado traz à capacidade cognitiva dos alunos, os ensaios proporcionam ensinamentos. Estes vão além da música e abrangem ética, desinibição, convívio social, experiências da dinâmica de banda, de palco e trabalho em equipe”, afirma. “Intervenções, aproximações e práticas em grupo – ou ouvir e fazer terapia musical – se mostraram efetivas, reduzindo sintomas depressivos”, completa.
Cris Valente, diretora-geral da unidade Alto da Boa Vista da School Of Rock, afirma que a transformação de alguns estudantes é surpreendente: “Entrar para uma escola de música ou iniciar contatos com pessoas que ‘curtem’ o mesmo estilo que você é o primeiro passo para sair da tristeza”.
Para ela, uma alternativa é criar uma lista de quatro a cinco faixas favoritas, que remetem a algo feliz. “Outra possibilidade é criar um projeto musical, montar uma banda ou cantar no chuveiro, e refletir sobre os sentimentos e as resoluções dos conflitos do dia a dia”, propõe. “A música protege a alma, traz coragem para enfrentar os desafios e é utilizada como ferramenta de transformação para crianças, jovens e adultos”.
Já Marina Moreno, especialista em educação musical, música e neurociência, reforça que a música é capaz de liberar um neurotransmissor chamado dopamina, conhecido como “hormônio da felicidade” ou “hormônio do prazer”. “Cada pessoa possui sua identidade sonora, formada ainda no útero, relacionada àquilo que a mãe cantava ou gostava de ouvir”, afirma Moreno.
“O rock abraça”
Fernando Quesada, sócio-diretor de comunicação da rede School of Rock no Brasil, conta que, pensando no bem-estar de alunos e musicistas de todo o país, as escolas de música promoveram diversas atividades extras nesses últimos anos.
“Em setembro, a School of Rock promove a campanha #orockabraça, com postagens, posters e muita conversa. O objetivo é mostrar aos alunos que a escolha pela vida é sempre o melhor caminho”, diz ele. “A metodologia de ensino da rede busca ajudar pessoas com dificuldade de socialização e depressão, pois uma das principais atividades é a criação e prática em conjunto”, acrescenta.
Para concluir, Quesada lembra que o CVV (Centro de Valorização da Vida) realiza apoio emocional e atua diretamente na prevenção ao suicídio. “A entidade atende, de forma voluntária e gratuita, a todas as pessoas que desejam e precisam conversar, sob total sigilo pelo telefone 188, além de e-mail e chat 24 horas, todos os dias”.
Para mais informações, basta acessar:
https://www.cvv.org.br/ ou www.hoffmanobrian.com.br