Não sabe ainda o que fazer com o décimo terceiro? Que tal fazer um Fundo de Emergência?

Em 2019, cerca de 81 milhões de pessoas, dado de Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), terão direito ao décimo terceiro salário. Remuneração que é dividida em duas parcelas — sendo que para 2019, a primeira tem data limite até dia 30 de novembro, enquanto a data final da segunda e no dia 20 de dezembro, e que é fundamental nas finanças pessoais de boa parte da população.

O valor, que é pago para pessoas que possuem carteira assinada, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), existe desde 1962. A expectativa para o Diesse é que esta remuneração injete cerca de R$214 bilhões na economia nacional.

Contudo, muitas pessoas não sabem o que fazer com o décimo terceiro salário. Especialistas indicam que o primeiro passo é entender a prioridade de cada pessoa e fortalecer a educação financeira.

Tiago Reis, CEO da Suno Research, é um dos especialistas que apontam que possuir um reserva de emergência estruturada e investida é um bom caminho para dar ao dinheiro recebido.

“Se tratando de reserva de emergência, eu buscaria liquidez e segurança, e só depois buscaria rentabilidade”, indica Reis, apontando um investimento interessante para este tipo de valor.

O próprio especialista relata o que faz pessoalmente com sua reserva de emergência.

“Particularmente e invisto meu dinheiro em fundos de investimento de renda fixa que possuem taxa de administração baixa”, sugere Reis.

Um bom valor que o especialista sugere são de taxas inferiores à 2%. Na atualidade, existem fundos que possuem taxa de 0,5% a 2%. Essas são boas opções para Reis, que ainda elenca outra característica interessante na hora de se investir em uma reserva de emergência.

“Outro fator que levo em consideração é a liquidez diária, ou seja, quero conseguir pegar meu dinheiro no dia ou, no máximo, no próximo dia, amanhã”, explica o especialista.

Reis ainda sugere outro fator a se levar em consideração na hora de aplicar o décimo terceiro salário.

“Buscaria também aplicações pós-fixadas no fundo de renda fixa, ou seja, que ele não possua muita volatilidade”, comenta Reis.

O especialista ainda exemplifica tal situação: “Se investi R$100, meu desejo é tirar este mesmo valor com um ROI baixo”.

Reis ainda dá uma outra dica para quem pretende investir o décimo terceiro salário: se esta é sua primeira aplicação em um investimento, ou seja, além de ser uma reserva financeira bem aplicada, a oportunidade pode ser uma entrada segura no universo dos investimentos.

“Um primeiro passo para começar a investir, antes de entrar na bolsa de valores ou, até mesmo, empreender, é fazer uma reserva de emergência”, indica Reis — que apontou que uma reserva de emergência deve contemplar de três a seis meses dos gastos mensais do investidor.

O especialista ainda argumenta que investimentos com alta volatilidade e seguros são um dos melhores caminhos para se colocar este valor de ‘segurança’.

Contudo, Reis cita que investir a reserva de emergência é apenas um dos caminhos para se dar ao capital.

Para pessoas que têm como objetivo o rendimento em cima do valor do décimo terceiro, existem outras formas mais rentáveis, porém, menos seguras, para se dar ao décimo terceiro caso de investimentos em renda variável. Esses investimentos no longo prazo costumam performar melhor que a previdência privada.

Realizar a diversificação entre Ações e Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) é uma medida que encaixa neste estratégia, pois são investimentos que possuem maior retorno que a renda fixa.

Portanto, os dois principais passos a se dar na hora de decidir o que fazer com o valor do décimo terceiro salário são elencar a prioridade — e, após isto, conhecer o tipo de investimento que está fazendo.


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