Outubro Rosa: pacientes com câncer de mama crônico têm vida normal com tratamento adequado

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“Fui diagnosticada com câncer de mama em um exame de rotina. A doença chegou de surpresa, foi tudo muito rápido”, conta a líder de tesouraria Paula Stefanini, de 47 anos, que trata o câncer desde 2019.

“Ao avaliar o meu exame, o oncologista disse que a doença era crônica, que não tinha cura, mas que havia tratamento e que eu poderia ter uma vida normal”.

Paulo Eduardo Pizão, coordenador do Vera Cruz Oncologia, espaço que oferece tratamento para o câncer de mama, explica que a enfermidade se manifesta de formas distintas, dentre as quais a crônica, que não é curável.

“O câncer de mama metastático não possui cura, mas pode ser controlado com um tratamento adequado e contínuo. A terapia consiste em controlar o avanço e os sintomas, e o mais importante é que as pacientes podem ter uma vida normal”, destaca o especialista.

Ter um familiar ao lado durante a terapia, além do apoio de uma equipe multidisciplinar, são primordiais para se ter uma segurança ao enfrentar o tratamento.

“Faço toda a terapia no centro oncológico do Vera Cruz Hospital. Sinto-me realmente acolhida por todos os profissionais, desde a recepção, enfermeiras e médicos, e isso faz muita diferença para o meu estado mental”, pontua Paula.

O Vera Cruz Oncologia foi planejado justamente com este intuito: proporcionar o tratamento com conforto e comodidade.

“Os consultórios foram pensados para facilitar a conversa entre médico, pacientes e familiares. No espaço, aqueles que passam pela quimioterapia podem fazê-lo acompanhados, o que humaniza a terapia e promove mais segurança”, adiciona Pizão.

A doença também pode atingir os homens, mas os casos são raros e representam 1% do total de casos da doença.

Números e fatos

O câncer de mama é o que mais atinge as mulheres em todo o mundo. No Brasil, é o segundo que mais acomete a população feminina em todas as regiões do país.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2020 e 2022, devem ser diagnosticados mais de 198,8 mil novos casos em mulheres no Brasil. Uma média de quase 66,3 mil por ano (61 diagnósticos a cada 100 mil mulheres).

A patologia é multifatorial e, entre os fatores de risco, está a idade: a cada cinco casos, quatro ocorrem após os 50 anos.

Outros pontos também podem servir como gatilho, como fatores genéticos e hereditários, histórico reprodutivo e hormonal, e questões ambientais e comportamentais.

A mamografia é o principal recurso para o diagnóstico ainda em fase inicial, com a capacidade de identificar nódulos não palpáveis, inferiores a um centímetro.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a recomendação geral é que as mulheres façam o exame com certa regularidade entre os 35 e 40 anos e, após os 40, passem a realizá-lo anualmente.

Autoexame

Também é importante que a mulher esteja atenta aos sinais do próprio corpo.

Um nódulo ou caroço fixo, na maioria das vezes indolor, é a principal manifestação.

Outros sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito; pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e a saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

“Adotar uma rotina de vida com hábitos mais saudáveis pode evitar 30% dos casos da doença. A dica é que as mulheres pratiquem atividade física, mantenham o peso corporal adequado, evitem consumir bebida alcoólicas e o cigarro. E, no caso das mamães, amamentem o máximo de tempo possível, pois o ato também é protetivo”, detalha Pizão.

“Receber um diagnóstico de câncer não é fácil. Eu sei que a palavra ‘câncer’ amedronta, mas não é o decreto do fim: é o começo de uma nova vida. Eu lutei e venci”, conclui Maria Helena, hoje curada da doença.

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