Uma pesquisa Datafolha realizada com 2.088 pessoas, em 130 municípios, relatou que 24% dos brasileiros não efetuam nenhum tipo de consulta oftalmológica regular.

Segundo a oftalmologista Ana Carolina Porto Bugalho, as idas ao especialista não servem apenas para entender o atual estado da visão, mas também para conferir proteção contra doenças que podem causar danos sérios aos olhos.

“O ideal é que os adultos agendem consultas ao menos uma vez ao ano, embora essa periodicidade possa ser alterada de acordo com a saúde e a idade de cada paciente. Idosos sempre devem respeitar períodos menores, assim como bebês e crianças, a fim de detectar possíveis problemas logo no início e evitar o avanço de diversas patologias”, explica Ana Carolina.

Outros motivos comumente negligenciados, mas que também merecem uma ida ao especialista são sintomas como: excesso ou ausência de lacrimação; visão dupla, embaçada, escura ou turva; vermelhidão nos olhos; hipersensibilidade à luz; dor de cabeça constante; coceira na região dos olhos; vista cansada; campo de visão reduzido; e dificuldade para enxergar de perto ou de longe.

“A ideia de que essas condições são comuns no dia a dia ou mesmo de que vão melhorar espontaneamente pode ser perigosa e acarretar consequências severas. A miopia grave, por exemplo, causa fadiga ocular e é um fator de risco para o descolamento de retina, ou seja, caso não tratada adequadamente, pode levar o paciente a perder a visão de forma irreversível”, diz Ana Carolina.

Diante desse cenário, a especialista alerta para a importância da promoção da saúde ocular, já que a prevenção não tem como objetivo apenas o bem-estar dos pacientes, mas de todas as pessoas próximas. “A perda parcial ou total da visão, assim como o acometimento por qualquer tipo de doença nos olhos, frequentemente afeta a independência do indivíduo, prejudicando a qualidade de vida”.