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      Todas as obras em Campinas serão entregues no ano que vem; o que há por trás?

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      A prefeitura de Campinas, não curiosamente, deixou para inaugurar todas as obras que tem feito ultimamente para o ano que vem. É porque em 2024 esta famigerada cidade completa 250 anos. Um quarto de milênio em que mais andou para trás do que para frente. Tinha tudo para ser uma capital, mas que a febre espanhola fez o favor de devastar — e, a gente vê, que isso foi melhor. Imagina se Campinas fosse a capital do Estado, que bagunça que seria?

      Voltando ao tema. As obras das creches que estão em vários bairros da cidade, o BRT, troca de encanamentos da Sanasa. Tudo isso só vai ser inaugurado no ano que vem, mesmo sendo ano eleitoral. A lei diz que, a partir de julho (em uma data especifica que varia conforme o dia da eleição), os prefeitos que são candidatos à reeleição não podem inaugurar obras públicas, sob pena de cassação do mandato (e perda da candidatura, por consequência).

      Mas, vocês querem apostar quanto que Dário Saadi, junto com os secretários-marionetes, vão fazer de tudo para atrelar o nome do prefeito aos trabalhos que estão sendo realizados?

      Aos fatos: as creches, de fato, são algo da gestão Dário. Todas elas estão sendo construídas agora, depois de alguns problemas com a licitação (como sempre acontece em Campinas). As obras de troca de encanamento da Sanasa em vários bairros tem acontecido durante essa gestão, mas dizer que é um milagre do Saadi é exagerar demais.

      Agora, o BRT… Ah, esse problema. Era para ter ficado pronto antes da pandemia, e, pelo jeito, vai fazer aniversário junto com a covid-19. Pior é a cara de pau da gestão em falar que a obra não está atrasada, e que os prazos insistentemente modificados “fazem parte”.

      Mais grave ainda é falar que o BRT estará 100% entregue no ano que vem, sendo que não há qualquer andamento do corredor na frente do Shopping Parque das Bandeiras, por causa de uma queda de braços entre o shopping e a secretaria de Infraestrutura. Lá, nada até agora. Nem uma máquina, nem um fio de calçada retirado para começar o corredor, que faz muita falta e afeta a operação da linha BRT20 (só um exemplo).

      A gestão Dario ainda vai querer empurrar goela abaixo dos campineiros que “fez a grande licitação do transporte coletivo”. Um edital mal feito, que foi questionado dezenas de vezes, suspenso, e que pode até ficar vazio, com propostas de linhas ridículas, que vão fazer o sistema andar ainda mais atrasado do que já é, e com as centenas de ônibus elétricos que são absolutamente inviáveis em um país com um sistema energético fraco e que corre o risco de ficar sem luz a qualquer momento como o Brasil. Isso realmente é um exemplo? Isso é realmente algo a se comemorar nos 250 anos de Campinas?

      Ainda que em algumas áreas o governo parece ter acertos, em outros parece fazer tudo de propósito para que continue uma porcaria. É esse o caso do transporte coletivo. Comandado por pessoas que se deixaram levar pela política e pelo holofote que o transporte gera, com decisões equivocadas e apenas para atender interesses de vereadores e possíveis bases de apoio.

      Campinas 250 anos de retrocesso. Campinas 250 anos de idade da pedra. Se bem que na idade da pedra metade dos problemas não existia.

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