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      Um ato de vandalismo a cada dois dias: saldo do crime em Campinas

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      Destruir, depredar, quebrar, danificar… Os sinônimos para vandalismo são vários, mas a motivação em inutilizar um patrimônio público é incompreensível, porque todos perdem com esta prática. A Prefeitura de Campinas registrou, do início do mês até hoje, 29 de setembro, pelo menos 16 atos de vandalismo em imóveis, equipamentos de lazer e esportes, terminais de ônibus, sanitários públicos e até mudas de árvores.

      Quando um bem é depredado, a população perde porque não usufrui dos serviços e a Administração Pública porque gasta mais para repor o que foi danificado. Importante lembrar que vandalismo é crime, conforme artigo 163 do Código Penal brasileiro.

      Um exemplo é o ocorrido com os banheiros públicos do Centro, na Praça Rui Barbosa. Esta semana, nos dias 25 e 27, os sanitários masculino e feminino foram reabertos à população, após uma obra de recuperação que teve início no dia 3 de agosto. Os banheiros tinham sido totalmente vandalizados e inutilizados. Custo de R$ 80 mil para a reforma e um período sem utilização do equipamento. No dia 20 de setembro, um contêiner para coleta de recicláveis foi derrubado, pichado e os resíduos foram espalhados no chão da Praça Bento Quirino.

      No início do mês, dia 11, cerca de 40 mudas de árvores recém-plantadas na Avenida Soldado Percílio Neto, no Taquaral, foram quebradas e arrancadas. Menos de uma semana depois, após novo plantio, as mudas foram novamente depredadas.

      A Secretaria de Serviços Públicos, gestora de boa parte dos equipamentos abertos, de uso livre e nas ruas, como parques, praças, iluminação, academias, parquinhos, lixeiras, árvores, bocas de lobo, entre tantos outros, estima que os gastos para reparar os danos por vandalismo chega a R$ 1 milhão por ano. O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, explica que esse custo é uma estimativa feita a partir do valor gasto na compra de materiais e de horas de trabalho.

      “Com este recurso, poderíamos fazer outras obras ou implementar projetos importantes para a cidade”, destaca o secretário. Ele exemplifica as melhorias que poderiam ser executadas como a construção de dois campos de futebol, com alambrado e iluminação; ou a construção de um parque ecológico de 100 mil metros quadrados equipado; ou a urbanização de três praças de médio porte (média de R$ 300 mil cada); ou o recapeamento de 5 km de vias públicas.

      Áreas de lazer

      No dia 12, no parque mais popular e turístico de Campinas, a Lagoa do Taquaral, banheiros da área esportiva e placas de informações foram pichados e quebrados. Não bastasse, houve um incêndio, com características de ato criminoso, numa touceira de bambu do parque, o que poderia ter causado uma tragédia se não tivesse sido contido a tempo. O prejuízo, neste caso, foi de R$ 60 mil.

      Dois parquinhos infantis inclusivos, adaptados para que crianças com e sem deficiência brinquem juntas, foram vandalizados este mês, nos dias 14, na Praça João Amazonas, no Jardim Maracanã, e no dia 27 de setembro, na Praça Vinicius de Moraes, Jardim Eulina. Cada parque inclusivo custa cerca de R$ 30 mil.

      Na tarde de 16 de setembro, um sábado, a bica d´água do Bosque dos Jequitibás foi pichada.

      No dia 27 de setembro, pedras foram arremessadas na quadra da Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto, no Jardim Eulina, entregue reformada há dois meses, e danificaram o piso novo e especial, no qual tinha sido investido cerca de R$ 400 mil.

      A pista de skate street, na Lagoa do Taquaral, foi pichada pela segunda vez no dia 26 de setembro, quatro dias depois da primeira vez. Os reparos da primeira pichação nem tinham sido concluídos. Prejuízo de R$ 3 mil com a tinta especial.

      Mobilidade urbana

      No segmento de transportes, um serviço essencial a toda a população, os terminais de ônibus não foram poupados. Dois casos de vandalismo foram registrados nos dias 5 e 6 de setembro. Os banheiros dos terminais Mercado e Barão Geraldo foram danificados e precisaram ser interditados. No dia 7 de setembro, o sanitário público feminino do terminal Mercado, recém-reformado, foi danificado. No dia 25 de setembro, os sanitários masculinos do Terminal Campo Grande foram depredados.

      Antivandalismo

      A Guarda Municipal de Campinas anunciou nesta quarta-feira, 27 de setembro, a criação de um Grupo Antivandalismo para monitorar e coibir situações de danos ao patrimônio. O trabalho envolve a Inteligência da corporação, que vai monitorar inclusive as redes sociais para identificar os autores do crime, além dos agentes de segurança do operacional que trabalham na rua, que estarão atentos a este tipo de situação. A população, ao observar um ato de vandalismo, deve acionar a Guarda Municipal pelo 153.

      As informações são da Prefeitura de Campinas.
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