A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas realiza o primeiro mutirão contra a dengue de 2024 no próximo sábado, dia 6 de janeiro, em quatro bairros da região Sudoeste, das 8h30 às 11h30. Os locais para a ação de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti foram definidos a partir dos casos de moradores infectados pelo vírus da dengue.

Os agentes envolvidos no mutirão visitarão residências e comércios no Jardim Santo Antônio e nos DICs 3, 4 e 5. A previsão é cobrir 120 quarteirões, onde estão aproximadamente 4 mil imóveis.

O ponto de encontro das equipes será no Centro de Saúde Santo Antônio, de onde saem às 8h30. Serão mais de cem pessoas envolvidas nas visitas aos imóveis em busca de criadouros do mosquito transmissor da doença. São servidores da Saúde e trabalhadores da empresa contratada para o combate à dengue na cidade, a Impacto Controle de Pragas, que usam uniforme com camiseta branca e logo da empresa e calça na cor cinza.

Se a população tiver alguma dúvida sobre a presença do agente de combate à dengue que estiver em sua porta, no sábado será possível ligar para o telefone 199 da Defesa Civil para checar. Durante a semana, quando ocorrem as visitas sistemáticas dos agentes, o cidadão pode checar pelo telefone 156 da Prefeitura

A Secretaria de Serviços Públicos apoiará o mutirão com equipes do caminhão cata-treco e a Defesa Civil e a Sanasa estarão presentes com carros de som para informar a população sobre a ação e facilitar a entrada nos locais.

Durante as visitas do mutirão, os agentes removem criadouros e retiram material com potencial de risco para novos criadouros e, em casos específicos, é aplicado larvicida. O morador também recebe orientações sobre como manter a casa livre do mosquito Aedes aegypti.

O trabalho de combate a criadouros deve ser constante, alerta a assessora técnica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) Priscilla Pegoraro, articuladora da intersetorialidade no Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. “Nos períodos quentes e chuvosos, o mosquito pode fazer o ciclo de reprodução em sete dias e, com isso, rapidamente ter uma alta expressiva da população, aumentando o risco de transmissão de doença”, explica. “A população precisa reservar 10 minutos por semana para remover a água de possíveis criadouros e não deixar o mosquito nascer.”

Esforço conjunto

Durante a realização dos mutirões, é fundamental a cooperação e participação da população. Segundo Priscilla Pegoraro, ir aos bairros aos sábados é uma estratégia complementar nas regiões com aumento de casos para conseguir ter sucesso e encontrar os moradores em suas casas mais facilmente.

A articuladora do Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses ressalta a importância do esforço conjunto entre Poder Público e sociedade para enfrentamento à dengue. Por isso, a importância de cada cidadão manter sua casa livre de criadouros e também permitir a entrada das equipes para a checagem dos imóveis.

Em 2023, pelo terceiro ano seguido, Campinas registrou aumento de “pendências” durante ações de visita de agentes a imóveis para vistoria e eliminação de criadouros. Metade dos espaços que foram alvo das equipes foi encontrado inacessível porque estava fechado, desocupado ou por conta da recusa de moradores em permitir a entrada.

Dados de “pendências” de acesso aos imóveis:

2020 – 43,5%

2021 – 44,7%

2022 – 46,9%

2023 – 50,3%

Próximos mutirões

Os mutirões de combate à dengue passam a ser sistemáticos partir de janeiro deste ano, a cada 15 dias. A frequência pode ser alterada caso haja reavaliação sobre a necessidade de mais ações. Os trabalhos são um “extra”, uma vez que diariamente há vistorias de combate aos criadouros, com visitas a imóveis e nebulizações.

Além do mutirão deste sábado, 6 de janeiro, a Secretaria de Saúde já agendou as datas de mais seis mutirões até março. Os locais ainda serão definidos, de acordo a situação epidemiológica da dengue na cidade, a partir da notificação de casos.

Agenda de mutirões:

• Janeiro: dia 20
• Fevereiro: 3 e 17
• Março: 2, 16 e 30

Combate à doença

A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Dados do Devisa mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.

Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e objetos em geral, dentro das casas e nos quintais. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.

Onde buscar ajuda em casos de dengue

Se uma pessoa tiver febre e mais dois sintomas associados, como dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular e dor atrás dos olhos, deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.

Caso apresente tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita imediatamente em um pronto-socorro hospitalar ou em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Comitê de prevenção

Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que, em 2023, passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses.

O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.

No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria Municipal de Saúde. Mais informações sobre a doença e ações podem ser consultadas no site https://dengue.campinas.sp.gov.br.

As informações são da Prefeitura de Campinas.
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