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      Mais um ano de obras atrasadas do BRT. Parabéns, Campinas!

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      Há 365 dias, um novo prazo para o BRT de Campinas estar 100% operando e funcionando foi dado. E, mais uma vez, a cidade se vê em um mar de atrasos, desculpas esfarrapadas e um legado político deplorável e que se encaixa numa das piores gestões da história do transporte coletivo.

      Quando Jonas Donizette escalou Carlos José Barreiro para a secretaria de Transportes e Emdec, talvez não soubesse que estivesse criando um monstro. Para atender à cota partidária do PSDB, que o apoiou nas eleições com uma vontade inacreditável, Jonas criou um monstro. Primeiro, por trazer alguém de um partido que tem histórico de nunca concluir obras ou deixá-las pela metade, visto o período em que Geraldo Alckmin e sucessores deixaram no Estado de São Paulo.

      Segundo, que criou problemas para a própria cabeça, quando Barreiro começou a sair multando todo mundo que via pela frente, em uma clara demonstração de que o poder subiu à cabeça. Não à toa, o número de denúncias de assédio moral na Emdec bateu recordes inimagináveis.

      A obra do BRT foi licitada, iniciada… A pandemia chegou em 2020, as culpas caíram todas em cima do coronavírus, e as obras começaram a atrasar. A promessa era que a obra estaria totalmente completa no começo de 2020. Mas, ficou para o primeiro semestre de 2021.

      A “inauguração” do BRT incompleto durante a pandemia jogou ainda mais cal numa gestão que se mostrou um belo fracasso.

      Chegou Dário Saadi, e, quando todos achávamos que estaríamos livres, eis a surpresa: para manter o acordo com o PSDB, transfere Barreiro para a secretaria de Infraestrutura, e ainda muda o BRT para continuar na gestão dele.

      Os atrasos se tornaram ainda mais frequentes, e o abandono da obra do Ouro Verde por uma construtora que foi expulsa de Sorocaba pelo mesmo motivo levaram ao ponto inacreditável: a aplicação de multa, como previa o contato, mas depois um perdão! A credibilidade de Campinas, que já não era boa nesse sentido, apenas piorou.

      Uma observação: a decisão de manter o BRT na Infraestrutura acabou por ser acertada, apenas para mostrar a incompetência (proposital ou não).

      A troca de gestão na secretaria de Transportes e Emdec para atender aos interesses do União Brasil fez com que o BRT fosse colocado para rodar, ainda que “meia-boca”. Mas, antes “meia-boca” do que “boca vazia”. E, nesse caso, há alguma razão.

      Agora, a previsão é que as obras sejam concluídas no ano que vem, quando Campinas completa 250 anos. Só que, enquanto o impasse com o Shopping Parque das Bandeiras continua, é difícil saber se a obra será 100% entregue mesmo.

      Enquanto isso, o secretário segue. Feliz e contente. E rindo da nossa cara.